O presidente do PSD e recandidato único ao cargo, Luís Montenegro, foi este sábado reeleito por mais dois anos, com 97,45% dos votos — o resultado mais expressivo de sempre em eleições internas sem concorrência , anunciou hoje o Conselho de Jurisdição Nacional do partido.
De acordo com o comunicado do Conselho de Jurisdição Nacional do PSD, votaram esta sexta-feira, em eleições diretas para presidente da Comissão Política Nacional do partido,16.602 militantes, de um universo de 41.863 militantes com capacidade eleitoral (com as quotas em dia) — uma taxa de abstenção de cerca de 60%.
Luís Montenegro, também primeiro-ministro desde abril deste ano, venceu as eleições com 16.179 votos (97,45%) e viu renovado o seu mandato como 19.º presidente do PSD para mais dois anos. Registaram-se 326 votos brancos e 97 nulos.
Este foi o resultado mais expressivo de sempre em eleições internas sem concorrência no PSD.
Num vídeo divulgado nas redes sociais após a divulgação dos resultados oficiais, Montenegro começa por deixar “uma palavra de profundo agradecimento à confiança” que os militantes depositaram na sua liderança e no trabalho da sua equipa.
“Nos próximos anos, vamos continuar o espírito reformista e transformador que trouxemos ao Governo de Portugal, com muita sensibilidade social, a atender à resolução de cada problema concreto de cada portuguesa e de cada português”, assegurou o também primeiro-ministro.
O presidente do PSD prometeu que o partido continuará a ser “grande e dinâmico” e reafirmou os compromissos para os atos eleitorais que já tinha traçado na sua moção de estratégia global para os próximos atos eleitorais.
“Já no próximo ano, nas eleições autárquicas, onde queremos recuperar a Associação Nacional de Municípios e a Associação Nacional de Freguesias e as suas lideranças. E depois, em janeiro de 2026, onde queremos colaborar para a eleição de um Presidente da República para os cinco anos seguintes”, afirmou.
“Contem com o PSD, contem com este espírito de reformismo e transformação e sempre, sempre, ao lado das pessoas”, concluiu.
A eleição dos restantes órgãos nacionais realiza-se no 42.º Congresso do partido, marcado para 21 e 22 de setembro, em Braga.
A última vez que o PSD tinha tido um candidato único à liderança foi em 2016, nas sétimas eleições diretas, as últimas em que Pedro Passos Coelho – já na qualidade de líder da oposição – foi reeleito presidente do partido com mais de 95% dos votos, até então o melhor resultado de sempre.
Antes disso, as eleições internas no PSD com candidato único foram em 2006 – a primeira que consagrou Marques Mendes por este método, e em que obteve 90,9% dos votos – e as reeleições de Pedro Passos Coelho, que em 2012 conseguiu 94,6% dos votos, em 2014 88,8% e em 2016 95,1%.
Luís Montenegro foi eleito pela primeira vez presidente do PSD em 28 de maio de 2022, numa eleição em que teve como adversário interno o antigo vice-presidente do PSD e atual secretário-geral adjunto das Nações Unidas Jorge Moreira da Silva, e que venceu com mais de 72% dos votos.
Desde 2 de abril, Luís Montenegro lidera o XXIV Governo constitucional, executivo minoritário apoiado por 80 deputados (78 do PSD e dois do CDS-PP), contra 78 do PS, numa Assembleia da República em que o Chega tem 50 parlamentares.
ZAP // Lusa