Moedas contraria decisão da Câmara de Lisboa e recusa hastear bandeira trans

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Jerome Dahdah / Flickr

Edifício da Câmara Municipal de Lisboa

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, contrariou uma decisão tomada pela oposição e recusou hastear a bandeira trans nos Paços do Concelho.

A Câmara Municipal de Lisboa aprovou, na quarta-feira, um voto onde deliberava “hastear a bandeira Trans nos Paços do Concelho, a cada dia 31 de março, para homenagear as conquistas e celebrar o Dia Internacional da Visibilidade Trans”.

Segundo o Observador, a proposta foi aprovada pela oposição com os votos contra dos vereadores da coligação Novos Tempos, encabeçada por Carlos Moedas, e que junta os líderes de cinco partidos, PSD, CDS-PP, PPM, MPT e Aliança.

Embora garanta que estará sempre “ao lado da defesa dos direitos humanos e da diversidade”, Carlos Moedas justificou a decisão com o facto de ser preciso discutir os critérios de escolha das bandeiras de diferentes causas a serem hasteadas nos Paços do Concelho.

“Foi votada contra pelos Novos Tempos, ainda assim foi tomada de forma democrática, foi aprovada e não aconteceu”, criticou a vereadora independente Paula Marques.

“Uma coisa tão simples como reconhecer e assinalar não só é votado contra como não é cumprido. Questiono-me o que acontecerá no dia 17 de maio [Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia] ou no dia da Marcha do Orgulho”, acrescentou.

Segundo a vereadora eleita pelos Cidadãos Por Lisboa, houve um “desrespeito pelo dia”, mas também “a questão de não cumprir uma proposta aprovada”.

Desde 2013, Lisboa assinala o “Dia Nacional e Internacional Contra a Homofobia e Transfobia” hasteando a bandeira arco-íris LGBTI nos Paços do Concelho.

Daniel Costa, ZAP //

21 Comments

  1. Concordo, o Moedas tem razão. Também se hasteiam bandeiras no dia da Mãe, do Pai ou dos Namorados? Epá defendam os direitos de toda a gente, incluindo claro, os Transsexuais que não fizeram mal a ninguém. Mas acabem com os choradinhos e o estatuto de vítima porque os transsexuais são tão vítimas como as pessoas de olhos verdes ou de cabelo liso. É uma característica! Não é uma deficiência! Ninguém é coitadinho por ser Trans.

  2. Esta gente só quer luzes de ribalta! Passam a vida em manifestações e agora querem hastear bandeiras!
    Vivam como cidadãos normais! Eu também sou de baixa estatura e gostaria de ser mais alto, mas a genética não me permitiu. E que tal uma bandeira para assinalar o dia dos baixinhos que gostariam de ser mais altos?
    Sinceramente!…Se querem ser tratados como os demais, comportem-se como tal, assumindo a sua diferença com naturalidade, sem exceções ou atenções mediáticas.
    Há tanta coisa importante com que nos preocuparmos e surgem estas futilidades…

  3. O moedas é de direita, não é? Alguma vez um gajo da direita iria contrariar os desígnios da igreja. Mas concordo com o Miguel, por esse sistema também deviam ser hasteadas bandeiras sobre outros assuntos até mais importantes.

  4. Parabéns Carlos Moedas pela coragem de enfrentar esta mania de quererem ser diferentes e marcarem a sua posição com bandeiras.
    Isto não é um assunto de direita ou de esquerda, o que se passa é que a esquerda se aproveita disto para obter votos destas seitas.

    • Com o Saara tão deserto, já seria tempo da humanidade arranjar lá um lugar para todos estes extravagantes terem um país só seu uma vez que comprovam constantemente não se sentirem bem no sei da sociedade que lhes deu vida!

  5. E bem!!
    Bandeira quê?!
    As bandeiras a hastear são as bandeiras protocoladas e nada mais.
    Era só o que faltava… será que a Câmara de Lisboa não tem nada mais útil para fazer?
    Ficava questão a quem voltou a favor desta “brincadeira”…

  6. Como é que é possível o país e neste caso o Concelho de Lisboa, terem famílias a passar fome, insegurança social, falta de meios de transporte adequado às necessidades dos trabalhadores…… E a única preocupação é hastear uma bandeira discriminatória!!!!
    É uma vergonha de gente que recebe os ordenados pagos pelo povo para prestar este serviço….

  7. Esta “democracia” caiu no descrédito por completo! Começa mesmo a ser vergonhosa e depois admiram-se quando começam a ver o surgimento de determinados partidos que apontam o dedo a estes excessos de manipulação da opinião pública sobretudo de jovens imaturos e indefesos. Haja mais valores e moral e acabem com a cobertura a estes excêntricos que mais não querem que protagonismo e exibicionismo!

  8. Obrigado. Claro que as questões identitárias se tornaram a dada altura apanágio da esquerda, embora nunca Marx tenha escrito uma palavra sobre sexismo ou racismo. A direita mais extrema e conservadora sempre foi menos amiga de combater o racismo ou o sexismo. Para eles é um não assunto, chegando mesmo a ser algo que defendem, no caso dos neo-nazis. Eu não cairia nunca no exagero de dizer que estes temas são irrelevantes mas, para mim há uma clara escalonação de importância social:

    Racismo: pela violência sistemática contra milhões de seres humanos motivada por ódio racial e pela quantidade de sofrimento que historicamente isto infligiu, para mim este é o problema que merece mais atenção. Mas sempre sem instrumentalização nem oportunismos.

    Homofobia: Sempre achei uma estupidez certos preconceitos contra os homossexuais. Houve um tempo em que queriam imputar neles a transmissão da SIDA. Em terras pequenas não era incomum o linchamento de homossexuais quando um era descoberto. Hitler também massacrou homossexuais. Não tem a importância do racismo nem acho que ninguém mereça especial atenção ou cuidados por ser homossexual. Apenas que seja tratado como se não se soubesse a sua orientação sexual. Simples. Mas não… Eles agora querem ter privilégios por ser gay e andar a fazer protestos e paradas quando na verdade, já poucas razões há para isso, ou nenhumas.

    Feminismo: Numa altura em que as mulheres já conquistaram e reconquistaram equivalência de direitos em relação aos homens, heis que continuam a ter discurso de vítima e a falar como se houvesse alguma desigualdade. Haver até há… Funciona é nos dois sentidos e correntemente o que se assiste é cada vez mais as mulheres terem mais privilégios do que os homens.

    Transsexuais: Enfim… Um caso extremo de homossexualidade. Nunca percebi que tivessem falta de direitos. Claro que se querem ser reconhecidos pelo seu novo sexo, só o podem ser até certo ponto, senão acontece como aquele gajo que mudou de sexo e depois quis ir lutar contra mulheres no MMA, derretendo-as todas À porrada, por razões evidentes.

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