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Moedas não é “o número dois de ninguém”. O mesmo não diz de Medina

worldeconomicforum / Flickr

O ex-comissário europeu Carlos Moedas

Carlos Moedas, candidato social-democrata à Câmara Municipal de Lisboa, garante que não é “o número dois de ninguém”, ao contrário de Fernando Medina que, “eventualmente”, será candidato a primeiro-ministro.

Em entrevista à TSF e ao Diário de Notícias, Carlos Moedas, candidato da Coligação Novos Tempos à Câmara Municipal de Lisboa, disse estar convicto de que Fernando Medina poderá não cumprir o próximo mando, caso vença as eleições, por vir a suceder a António Costa no cargo de primeiro-ministro.

O ex-comissário europeu considerou que não tinha de estar em sintonia com Rui Rio, presidente do PSD, ao contrário do atual presidente da autarquia lisboeta. “Eu não sou o número dois de ninguém.”

“Acho que Fernando Medina, sim, está muito mais preocupado em estar em sintonia com o primeiro-ministro porque ele é o número dois do primeiro-ministro. E vimos isso na apresentação que Fernando Medina fez, que fê-la exatamente com António Costa. Costa a falar sobre Lisboa, Medina a falar sobre o país”, afirmou.

“As pessoas têm de pensar muito bem. Eu estou convencido de que, em 2023, António Costa sai de cena. Saindo, Fernando Medina é um candidato ao Partido Socialista, é um candidato a primeiro-ministro. Quem estiver a votar em Fernando Medina está a votar em alguém que não vai, eventualmente, chegar ao fim do mandato”, considerou.

As declarações de Moedas surgem no mesmo dia em que Medina garantiu, em entrevista ao Expresso, que cumprirá os quatro anos de mandato até ao fim, se for eleito novamente.

“Se ganhar a confiança dos lisboetas, de novo, (…) serei presidente da CML durante os quatro anos. (…) Não há nenhuma circunstância política que me fizesse não cumprir esse compromisso”, assegurou.

Questionado sobre se tem recebido conselhos de Pedro Passos Coelho, de quem foi secretário de Estado, Moedas afirmou que, “nestas alturas em que estamos a definir estratégias e com toda a experiência que ele tem como primeiro-ministro e como amigo, obviamente é uma pessoa com quem falo e a quem peço conselhos, sem dúvida”.

ZAP //

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