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Moedas assume: “Tenho de lutar muito nesta fase em Lisboa”

Manuel de Almeida / Lusa

O ex-comissário europeu Carlos Moedas, durante a declaração da sua candidatura à presidência da Câmara Municipal de Lisboa

Carlos Moedas, candidato da coligação Novos Tempos à Câmara Municipal de Lisboa, entregou esta segunda-feira as listas dos candidatos aos órgãos autárquicos.

O cabeça de lista da coligação Novos Tempos à Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, defendeu, esta segunda-feira, que apresenta “uma lista de excelência” às próximas autárquicas, capaz de retirar o atual presidente do município, Fernando Medina.

“Estamos muito contentes. É um grande dia trazer aqui as listas desta coligação para retirar, de uma vez por todas, Fernando Medina do poder em Lisboa”, afirmou Moedas em declarações aos jornalistas no Palácio da Justiça, onde entregou as listas dos candidatos da coligação Novos Tempos (PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança) aos órgãos autárquicos.

O candidato considerou ter “uma lista de excelência, com pessoas que vêm do mundo de fora da política, mas também com pessoas da política com muito valor”.

Questionado sobre se um segundo lugar será motivo de festejo, Carlos Moedas foi perentório: “Vamos ganhar Lisboa. E nada me vai distrair dessa missão de ganhar Lisboa”.

“Temos estado na rua, a ver as pessoas e a sentir as pessoas. E aquilo que eu sinto nas pessoas é que as pessoas querem mudar Lisboa. Estão cansadas de uma governação, de muitos anos, socialista, de uma governação de ‘amiguismo’, uma governação que não tem realmente mudado Lisboa para melhor”, afirmou.

“E, portanto, aquilo que precisamos não é, como diz Fernando Medina, de mais Lisboa, mas precisamos de melhor Lisboa. E é essa melhor Lisboa que nós vamos conseguir”, reforçou.

Ainda assim, o candidato sabe que a luta que trava é desigual. “Tenho de lutar muito nesta fase em Lisboa. Até 26 de setembro vai ser muito terreno”, disse, em declarações ao Diário de Notícias.

Apesar de assumir que a sua passagem por Bruxelas como comissário europeu o terá colocado num patamar distante das pessoas, Moedas procura agora contrariar nos contactos pessoais. “Penso humildemente que as pessoas devem conhecer-me e saber quais são as minhas ideias para a cidade.”

Carlos Moedas rejeitou ainda que haja um mal-estar dentro da coligação, uma vez que a direção do CDS decidiu não incluir nas listas o atual vereador centrista João Gonçalves Pereira, decisão que motivou críticas do antigo vice-presidente do partido Adolfo Mesquita Nunes e do deputado João Almeida.

“Não há desconforto, não há nenhuma divisão, há uma união. É essa união dos partidos que hoje de certa forma começa e nos une para retirar Fernando Medina da Câmara Municipal de Lisboa”, vincou.

“Nada foi imposto, é uma lista que foi discutida, que foi falada, que obviamente há escolhas de partidos, mas que foram escolhas que eu também quis e depois há escolhas de independentes que essas foram escolhas que eu fiz diretamente”, acrescentou.

O executivo da Câmara de Lisboa, presidido por Fernando Medina, é atualmente composto por oito eleitos pelo PS (nos quais se incluem os Cidadãos por Lisboa), um do BE (que tem um acordo de governação do concelho com os socialistas), quatro do CDS-PP, dois do PSD e dois da CDU.

Na corrida à presidência da autarquia foram até agora anunciadas as candidaturas de Fernando Medina (coligação PS/Livre), Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), João Ferreira (CDU), Bruno Horta Soares (IL), Nuno Graciano (Chega), Beatriz Gomes Dias (BE), Manuela Gonzaga (PAN), Tiago Matos Gomes (Volt) e João Patrocínio (Ergue-te).

ZAP // Lusa

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