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Concurso Miss America elimina desfile em fato de banho

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DR missamerica.org

Kira Kazantsev, Miss America 2015

O concurso Miss America vai eliminar o desfile em fato de banho e não avaliará as concorrentes pela sua aparência física, a partir da próxima edição, anunciou esta terça-feira a presidente da organização do evento.

A apresentação em fato de banho, que contava para 10% da nota final, será substituída por uma uma sessão interativa com o júri, momento em que as concorrentes poderão indicar projetos sociais que desejem integrar.

De acordo com Gretchen Carlson, presidente do Conselho da Organização e vencedora em 1989, o Miss America deixou de ser um “concurso de beleza”, passando agora a destacar as concorrentes, “as suas realizações, objetivos na vida e a forma com podem utilizar os seus talentos, paixão e ambição quando forem eleitas”.

Nomeada no início de janeiro, a jornalista tornou-se uma das principais figuras na luta pelos direitos das mulheres depois de provocar, em 2016, a demissão do presidente do Conselho de Administração (PCA) do canal de televisão Fox News, Roger Ailes, a quem acusou de assédio sexual.

A nomeação de Gretchen Carlson originou a renúncia forçada do PCA do concurso Miss América, Sam Haskell. Uma investigação do Huffington Post revelou que Haskell havia enviado vários correios eletrónicos, incluindo à vencedora da edição de 2013, Mallory Hagan, a quem dizia que não se importava com o seu ganho de peso e criticava a sua vida sexual, alegando que era uma profissional do sexo e uma mulher fácil.

“Muitas jovens disseram-nos que gostariam de participar no concurso, contudo não queriam desfilar de camisola e salto alto”, declarou Gretchen Carlson em entrevista ao canal norte-americano ABC, transmitida esta terça-feira.

A Miss America vai dar preferência a quem quer afirmar-se, aprender a liderar, apostar na sua formação, bem como mostrar ao mundo a pessoa que é, “isso é o que vamos avaliar a partir de agora”, acrescentou.

Leanza Cornett, Miss America 1993, apoia a mudança e deseja que “as jovens mulheres vejam o programa como uma plataforma na qual possam promover o seu desejo de fazer a diferença e adquirir as habilidades e os recursos necessários para que tenham sucesso em qualquer carreira que escolherem”.

“Eu odiava. Sempre me senti desconfortável”, desabafou à Associated Press, reconhecendo mesmo assim o significado do fato de banho na prova, como tradição, uma vez que Atlantic City é uma cidade balnear.

A edição de 2019 do evento será exibida no próximo dia 9 de setembro pela ABC, em Atlantic City, no Estado de Nova Jérsia.

// Lusa

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11 Comments

  1. Se a pretensão é acabar com a descriminação das mulheres o mais lógico seria acabar pura e simplesmente com os concursos de misses.. E já agora porque não acabar com as tanginhas nos festivais de culturismo…. É incrível como meia dúzia de mulheres puritanas conseguem induzir uma sociedade a condicionar o que uma mulher pode ou não fazer….

  2. Paulatinamente o moralismo feminista vai-se impondo. No mesmo ano já foi a Formula 1 e a Miss America a eliminarem os biquínis.

    Só que as feministas, por mais que tentem, nunca conseguirão que o impulso biológico de atração do homem se altere. Dito por outras palavras, nunca conseguirão que um homem se sinta tão atraído por uma gordo do que por uma magra.

  3. que palhaçada , e nao tarda nada que façam o mesmo aqui na europa ! os nossos dirigentes sao bons macacos de imitaçao ;-))

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