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Ministro fala em “divergência profunda”. Taxistas não saem do aeroporto

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António Cotrim / Lusa

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O ministro do Ambiente afirmou, no final da reunião com os representantes dos taxistas, que o encontro foi produtivo mas que “há uma divergência que é profunda”.

Os representantes das associações de taxistas saíram, cerca das 15h30, do Ministério do Ambiente, onde estiveram reunidos com o ministro João Matos Fernandes desde o final da manhã.

À saída do Ministério, os dirigentes associativos – Florêncio Almeida, da ANTRAL, e Carlos Ramos, da Federação Portuguesa do Táxi (FPT) – não fizeram qualquer declaração.

Por sua vez, o ministro do Ambiente, em declarações aos jornalistas, fez saber que a reunião foi produtiva, mas aludiu a uma “divergência profunda” de posições.

“Foi uma reunião muito produtiva, mas há uma divergência profunda que é a vontade dos taxistas de criar um contingente a uma atividade económica que não pode ser contingentada”, afirmou.

Entretanto, os representantes do setor dirigiram-se para a Rotunda do Relógio, perto do aeroporto de Lisboa, onde se concentram muitas centenas de taxistas.

Segundo o Diário de Notícias, o presidente da FPT apelou aos manifestantes que não abandonem o local, já que, da reunião com o ministro, trouxe apenas “uma mão cheia de nada”.

“Estamos disponíveis para discutir o contingente e a paragem dos ilegais. Mas para eles é assunto encerrado”, afirmou, citado pelo mesmo jornal.

O dirigente da ANTRAL também confirmou aos jornalistas que os taxistas vão ficar no local por tempo indeterminado. “Nós não devemos arredar pé”, disse o presidente da ANTRAL.

Quatro pessoas detidas

A polícia deteve mais uma pessoa na sequência de uma altercação com uma cidadã, também na Rotunda do Relógio, escreve o DN.

O episódio terá acontecido depois da residente ter subido a Avenida Almirante Gago Coutinho a pé para se queixar do facto de não poder sair de casa e entrar na Segunda Circular.

Durante a manhã, outros três taxistas já tinham sido detidos: um por danos a uma viatura da polícia, outro por arremesso de um objeto pirotécnico e outro por vandalizar um carro da Uber.

Alguns agentes tiveram mesmo de lançar petardos e gás pimenta contra os manifestantes.

Relativamente a estes episódios de violência, o dirigente da ANTRAL afirmou que “alguns polícias é que deviam ser detidos, porque eles é que provocaram esta confusão”, cita o Observador.

Nos últimos minutos, verificou-se um aumento policial na zona onde estão concentrados os taxistas e a chegada de vários reboques.

A PSP confirma que os reboques poderão ser utilizados para deslocar algumas viaturas, uma vez que a via está completamente cortada e os carros e transportes públicos não conseguem circular.

O protesto também fica marcado por um homem, que teve de ser assistido pelo INEM, depois de se ter atirado de um viaduto no mesmo local.

Quase seis meses depois de um primeiro protesto, os taxistas voltam a realizar uma marcha lenta contra plataformas como a Uber e a Cabify, que serão legalizadas pelo Governo até ao final do ano.

ZAP / Lusa

2 Comments

  1. para mim chega !!! estes anormais dos taxistas estão a cavar a sua própria sepultura.
    Não irei usar mais um taxi em Portugal… usarei a Uber e qualquer outro serviço semelhante… e se não estiver disponivel vou de transporte publico… o meu dinheiro não entra mais nos bolsos destes arruaceiros e sem respeito pelo proximo… todos nós temos de viver no dia-a-dia com a concorrência e parece que somente estes senhores não se apercebem disto… que querem ? o monopolio ?

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