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Ministro diz que 600 jihadistas regressaram à Europa

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Zoriah / Flickr

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O ministro do Interior espanhol afirmou esta sexta-feira que cerca de três mil europeus saíram para zonas de conflito como o Iraque ou a Síria para combater em nome da Jihad, 600 dos quais já regressaram.

“São às centenas os que estão neste momento pela Europa, e podem ativar-se a qualquer momento como atores solitários ou integrados em células ou em grupos com pouca estrutura, e realizar atentados tão trágicos como o que vimos quarta-feira em Paris”, explicou Jorge Fernández Díaz em entrevista à cadeia espanhola Telecinco.

O ministro estima que cerca de 80% destes europeus que se juntaram ao terrorismojihadista integraram as fileiras do Estado Islâmico (EI), e o resto aderiu a diversos grupos regionais da Al-Qaeda.

Jorge Fernández Díaz disse que cerca de 70 espanhóis saíram para combater pelo EI, dos quais regressaram dez. Entre esses dez, metade está em prisão, ou em Espanha ou em Marrocos.

As declarações do ministro surgem no mesmo dia em que o Ministério do Interior espanhol (equivalente ao Ministério da Administração Interna português) divulgou que em 2014 foram detidos em Espanha 43 presumíveis terroristas islâmicos.

No entanto, Jorge Fernández Díaz reconheceu que “uma só dessas pessoas já é um risco potencial”, acrescentando que estes jihadistas “não regressam necessariamente ao país do qual saíram”.

O ministro espanhol estará no próximo domingo numa reunião de urgência em Paris, com alguns dos seus homólogos europeus, para discutir uma eventual resposta conjunta.

Fernández Díaz sublinhou que estarão na reunião os ministros do G-6 (os ministros do Interior dos seis países mais populosos – Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Polónia e Espanha), bem como os Estados Unidos, o ministro do Interior da Letónia (atualmente na presidência rotativa da UE), o Comissário do Interior e o coordenador antiterrorismo da UE.

O ministro espanhol disse que, uma vez que a ameaça é partilhada, seria razoável partilhar também os mecanismos de resposta, que devem ser homogéneas e permitir uma luta eficaz.

/Lusa

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