João Gomes Cravinho não participou no processo de organização do Dia do Exército, cerimónia onde foi vaiado e onde não foi tocado o hino daquela força militar. O governante foi, nas últimas 24 horas, defendido por José Nunes da Fonseca, chefe do Estado-Maior deste ramo.
O Ministro da Defesa não esteve envolvido na organização no Dia do Exército, o qual decorreu do domingo em Aveiro e ficou marcado por protestos de mais de uma centena de antigos pára-quedistas contra o facto do hino daquela força militar, “Pátria Mãe”, não ter sido contado na cerimónia. Como tal, o governante — que acabou por ser vaiado durante a cerimónia — não teve qualquer influência na programação.
De acordo com o jornal Público, João Gomes Cravinho esteve presente na cerimónia como convidado, tendo sido o Exército a entidade responsável pela gestão e organização do evento, nomeadamente pelo facto de o hino não ter sido permitido. Durante a tarde de segunda-feira, durante uma visita à Base Aérea n.º5, em Monte Real, João Gomes Cravinho confirmou esta versão.
“Essa é uma matéria que é do estrito foro interno do Exército e, portanto, o Governo não se imiscui nesta matéria. Confio naturalmente que o exército continuará a ter, tal como sempre teve no passado, toda a capacidade para gerir estas questões”, acrescentou.
José Nunes da Fonseca, chefe do Estado-Maior do Exército, por sua vez, garantiu que a tradição do hino dos pára-quedistas nas celebrações do Dia do Exército não foi proibida e vai manter-se, se as condições sanitárias assim o permitirem.
“Se no próximo ano houver condições para mantermos este tipo de tradição [mantê-la-emos]. Lembro que sou comandante do Exército desde 2018. Em 2018 e 2019 ocorreram desfiles deste género. Em 2020 não houve desfile e este ano houve um desfile nestas condições. Não se pode dizer que tenha havido uma proibição. As tradições aplicam-se no tempo, no modo e no local adequados”, afirmou José Nunes da Fonseca.
O responsável também garantiu que “as comemorações decorrem sob a égide exclusiva do Exército. Sobre a manifestação do último domingo, José Nunes da Fonseca garantiu que não teve cabimento, aconteceu “totalmente fora do contexto” e que “quaisquer outras entidades, designadamente o senhor ministro da Defesa Nacional, que terá sido visado naquela manifestação”, não têm responsabilidade.
Pois… é o que dá ver “notícias” nos Facebook’s e ir atrás da manada…