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Ministro da Defesa da Coreia do Norte executado por adormecer em evento

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YONHAP / EPA

O ex-ministro da Defesa da Coreia do Norte, Hyon Yong-Chol

O ex-ministro da Defesa da Coreia do Norte, Hyon Yong-Chol

O ministro da Defesa da Coreia do Norte, Hyon Yong-Chol, foi executado a 30 de Abril por fogo antiaéreo por deslealdade e desrespeito ao líder Kim Jong-un, revelaram hoje os serviços secretos da Coreia do Sul.

Segundo a agência Yonhap, centenas de funcionários da Coreia do Norte assistiram, no passado dia 30, à execução do seu ministro da Defesa, Hyon Yong-Chol. A informação terá sido revelada pelo vice-director da agência de Informações da Coreia do Sul, Han Ki-Beom, a uma comissão parlamentar sul-coreana.

Pouco se sabe sobre Hyon Yong-Chol, nomeado para o cargo de ministro das Forças Armadas há menos de um ano, foi ao que tudo indica visto a dormir em eventos militares formais e terá desrespeitado o líder norte-coreano Kim Jong-un em várias ocasiões, acrescenta a Yonhap.

Yong-Chol pertenceu ao comitê do funeral do ex-líder Kim Jong-il, em dezembro de 2011, um indicativo de influência crescente na hierarquia do regime.

A execução do ministro foi efectuada com fogo de baterias anti-aéreas — um método destinado a altos funcionários do regime de Pyongyang, que pretende fazer destes casos exemplos para a restante hierarquia do país.

Segundo afirmaram à BBC alguns analistas, a troca de ministros é frequente na Coreia do Norte, mas a execução de uma autoridade tão próxima de Kim é surpreendente e lança dúvidas sobre a estabilidade do país.

Mike Madden, analista da North Korea Leadership Watch, organização que monitoriza o governo norte-coreano, a execução é uma “demonstração de poder e autoridade” e um sinal de que o líder norte-coreano “não se sente seguro“.

Em dezembro de 2013, foi executado o próprio tio do líder norte-coreano, Chang Song-thaek, que chegou a ser considerado a segunda pessoa mais importante do país.

Song-thaek foi preso durante um encontro do Partido dos Trabalhadores, no poder. O general foi considerado culpado de traição e executado imediatamente.

ZAP / Lusa /BBC

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