Ministro chinês desaparecido há dois meses é agora demitido

How Hwee Young / EPA

Li Shangfu, Ministro da Defesa da China

A China demitiu, esta terça-feira, o ministro da Defesa, que já não é visto em público desde o final de agosto. Não é o primeiro caso deste género, no país.

O ministro da Defesa chinês, Li Shangfu, foi demitido, após ter estado ausente da vida pública durante cerca de dois meses, informou a televisão estatal CCTV.

Os órgãos oficiais de Pequim não explicaram as razões da demissão de Li, que foi visto pela última vez em público no final de agosto, pouco depois de ter visitado Moscovo e Minsk, para reunir com altos funcionários russos e bielorrussos.

O papel de Li Shangfu como ministro da Defesa era principalmente diplomático, sem responsabilidades diretas em operações de combate.

Segundo fontes próximas de Pequim citadas pelo Wall Street Jounal, Li Shangfu terá sido “levado para interrogatório”, no início de setembro, estando, desde então, “ausente” em parte incerta.

Há outros líderes desaparecidos

A situação é idêntica à de Qin Gang, que foi demitido do cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros, em julho passado, sem qualquer explicação, depois de ter desaparecido de eventos oficiais durante mais de um mês.

Em agosto, o comando militar que gere o arsenal nuclear da China passou pela mais significativa transformação de liderança não planeada em quase uma década. Várias das suas chefias foram substituídas e é, igualmente, desconhecido, há meses, o paradeiro do general Li Yuchao, que liderava a unidade, e do seu adjunto.

Sob a liderança do presidente Xi Jinping, o Exército de Libertação Popular (PLA) tem sido alvo de significativas reformas e purgas anti-corrupção, considerada uma “preocupação significativa, que afeta as suas capacidades operacionais.

Em 2019, Fang Fenghui, membro da Comissão Militar Central do Partido Comunista, foi condenado a prisão perpétua por corrupção, na sequência da que foi considerada na maior purga na China desde Mao Tsé-Tung.

ZAP // Lusa

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