Ministro: Chega nunca esteve fora do Orçamento

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António Cotrim / LUSA

Miranda Sarmento, Pedro Duarte e Luís Montenegro durante sessão plenária

Governo não vai fechar o Orçamento do Estado sem conhecer as proposta do PS, assegurou Pedro Duarte.

O ministro dos Assuntos Parlamentares disse que o Governo está a “seguir o plano” e que está “na fase final de acerto da proposta” do Orçamento do Estado para 2025, que terá de ser entregue no parlamento em 10 de outubro.

Pedro Duarte reiterou nesta terça-feira que o Governo não vai fechar o Orçamento do Estado sem conhecer as propostas do PS, salientando ter “boa vontade” para as acolher.

Não vamos fechar o Orçamento do Estado sem conhecer as propostas do PS, porque há boa vontade da nossa parte para as podermos acolher”, salientou Pedro Duarte, à margem da Cimeira Empresarial Transatlântica, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Questionado sobre o ponto de situação de elaboração do OE2025, o ministro disse que o Governo está a “seguir o plano” e que está “na fase final de acerto da proposta”, que terá de ser entregue no parlamento em 10 de outubro.

“Não está fechado porque ainda estamos em contactos com os partidos“, reforçou Pedro Duarte, apontando que do PS ainda não conhecem nenhuma proposta.

Precisamente sobre propostas socialistas, e também na tarde desta terça-feira, Pedro Nuno Santos anunciou que o PS vai apresentar as suas propostas ao Governo na próxima sexta-feira.

O ministro defendeu ainda que o executivo está interessado “em que haja um consenso em torno do Orçamento, que seja viabilizado e o maior partido da oposição, o PS, tem responsabilidade acrescida“.

Já sobre a possibilidade de um Orçamento viabilizado sem o PS, Pedro Duarte respondeu que “não deve ser o Governo a fazer essa opção”.

O ministro disse ainda não considerar que o ambiente está “crispado”: “Temos de ter sentido de responsabilidade e de Estado, aqui não está em causa os humores de um líder partidário, o que está em causa é o futuro do país e a vida das pessoas”.

Chega? Está dentro

Outra postura central no documento será a do Chega. André Ventura disse no final de Agosto que o partido vai votar contra, “com toda a probabilidade”, numa decisão “irrevogável”.

No mesmo dia, anunciou que o Chega estava fora das negociações.

Duas semanas depois, o líder parlamentar Pedro Pinto deixou outra perspectiva: o Chega está disponível para viabilizar o Orçamento do Estado – mas só se o Governo excluir o PS das negociações.

Agora, Pedro Duarte diz que, afinal, o Chega nunca esteve fora das negociações à volta do Orçamento. O discurso público é uma coisa, a postura nas reuniões é outra.

“Do ponto de vista mais institucional e formal, o Chega nunca se colocou de fora. As declarações públicas… Se calhar prestei atenção a algumas, não prestei a outras. Mas do ponto de vista mais institucional, o Chega nunca se colocou de fora. Esteve numa reunião que até foi pública, em que eu também estive; estiveram à minha frente e conversámos sobre o Orçamento do Estado”, assegurou o ministro dos Assuntos Parlamentares.

ZAP // Lusa

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