Chega vai votar contra o Orçamento de Estado

MIGUEL A. LOPES/LUSA

O presidente do Chega, André Ventura, durante conferência de imprensa esta tarde na sede do partido em Lisboa.

Partido saiu das “negociações secretas” entre o PS e PSD. Decisão é “irrevogável”, garante Ventura.

O presidente do Chega, André Ventura, anunciou esta sexta-feira que o partido se retira das negociações para o Orçamento do Estado para 2025 e que “com toda a probabilidade votará contra” o documento.

André Ventura disse que transmitirá ao “Governo, ainda hoje, por nota própria e oficial que [o Chega] se considera excluído das negociações” do Orçamento do Estado e indicou que, “com toda a probabilidade votará contra” o documento.

Em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, o líder do Chega indicou que esta decisão “é irrevogável” e instou o Governo a negociar com o PS, manifestando esperança de que possam concluir “as negociações com sucesso”.

Espero mesmo que as negociações secretas entre PS e PSD deem o seu fruto. Garantirão pelo menos que não haverá uma nova crise política nos próximos meses”, defendeu.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, manifestou-se esta sexta-feira admirado com a “agitação” em torno do orçamento para 2025, apelando à calma da oposição e recordando que haverá reuniões em setembro.

Aquilo que ficou combinado é desenvolvermos esse trabalho em setembro, para podermos ir mais longe no diálogo político”, acrescentou — e o PS desmentiu.

“Desconhecemos qualquer agendamento de uma reunião para setembro. Já referimos várias vezes que queremos informação, mas não há nenhum sinal do Governo nesse sentido. Há aqui qualquer coisa que não está a funcionar do lado do Governo, entre o que o primeiro-ministro diz e o que o Governo faz”, assegurou o ex-ministro Duarte Cordeiro, na RTP.

ZAP // Lusa

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