O ministro da Educação do Brasil, Milton Ribeiro, deverá responder a um interrogatório da Polícia após ter sido acusado de homofobia, na sequência das suas polémicas opiniões sobre a comunidade homossexual, informaram esta quarta-feira fontes judiciais.
O juiz Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, pediu que a Polícia Federal defina uma data para interrogar o ministro, um pastor presbiteriano e quarto ministro da Educação do Governo presidido por Jair Bolsonaro, que tomou posse em janeiro de 2019.
Em causa está uma polémica entrevista concedida pelo ministro no final de setembro ao jornal Estadão, onde, entre outros temas, abordou as aulas de educação sexual no país e expressou a sua opinião sobre a homossexualidade. Milton Ribeiro referiu-se à homossexualidade como “homossexualismo”, termo considerado preconceituoso no país por indicar doença.
“Acho que o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do ‘homossexualismo’ tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, da mãe. Vejo meninos de 12, 13 anos a optarem por serem ‘gays’. Nunca estiveram com uma mulher de facto, com um homem de facto e caminham por aí. São questões de valores e princípios”, disse o ministro.
As declarações de Milton Ribeiro, que assumiu a tutela da Educação em julho deste ano, geraram controvérsia e levaram parlamentares a pedir que o governante seja investigado por homofobia. Após a onda de críticas, principalmente por parte de organizações de direitos humanos, Milton Ribeiro disse que “jamais” quis “discriminar ou incentivar qualquer forma de discriminação” e pediu desculpas num comunicado oficial.
No entanto, a Procuradoria-Geral da República consultou o Supremo Tribunal Federal sobre a possibilidade de instauração de uma investigação sobre suposta homofobia, o que será decidido pelo juiz Dias Toffoli, instrutor do caso em tribunal, com base na explicação que o ministro prestar à Polícia Federal.
Milton Ribeiro, professor, pastor presbiteriano e militar da reserva do Exército, substituiu o economista Carlos Decotelli, que esteve no cargo apenas cinco dias e renunciou devido a escândalos académicos e políticos, como suspeitas de plágio e falsos títulos académicos no seu currículo.
ZAP // Lusa
Investigado por homofobia… Ao cúmulo a que chegámos. O senhor tem razão no que disse. Chamem o que quiserem. Factos não se importam com os sentimentos
As pessoas que acham que alguém pode “decidir” ser ou não gay, não são efetivamente heterossexuais. Qualquer pessoa heterossexual sabe perfeitamente que é impossível “decidir” ser homossexual.
Facto científico 1: pelo menos 10% de todos os seres humanos são homossexuais.
Facto científico 2: a homossexualidade é considerada uma variação natural da sexualidade humana.
Facto não científico, mas é o que vou observando por ai: os mais ferventes anti-homossexualidade são geralmente pessoas com a sua própria sexualidade mal resolvida. Ver o caso do David Matheson, por exemplo.
Cumprimentos e cinja-se à Ciência.
Blá, blá, blá, conversa típica de homossexuais. Dizem todos a mesma coisa. Claro que ser homossexual também é uma escolha, porque há tanta propaganda, ou porque está na moda… a pessoa experimenta, gosta e continua. Não nasceu assim, mas experimentou e gostou. E nem é preciso ser cientista, antropólogo ou sexólogo para saber isso.
Claramente não entendeu o que eu escrevi. Leia melhor e com mais calma, talvez chegue lá. Vou tentar esclarecer, embora com pouca esperança que entenda:
Uma pessoa se “experimenta e gosta” é porque é homossexual ou bissexual, ponto final. Compreenda que é impossível uma pessoa efetivamente heterossexual “começar a gostar” de relações homossexuais. Não há “moda” ou “propaganda” que altere isso. Isto é o cabal e esmagador consenso científico. Se acha o contrário também deveria resolver melhor a sua sexualidade e/ou rever melhor esses seus preconceitos.
Por acaso sou heterossexual (penso que é óbvio pelo meu comentário anterior, caso o tivesse entendido), mas se fosse homossexual sê-lo-ia sem qualquer tipo de problemas, portanto chamar-me de “homossexual” não é algo que ofenda minimamente. Assim o são pelo menos 10% das pessoas do planeta Terra, muitas das quais, ao contrário de alguns comentadores deste espaço, não tem qualquer problema em assumi-lo.
Claramente a Joana beneficiaria de ser “cientista, antropóloga ou sexóloga”. O conhecimento traz sempre benefícios. A ignorância, por outro lado, é a raiz de todo o mal. Lembre-se disso e procure no Google por “David Matheson”.
Cumprimentos.
Ó Joana, tenha calma que os homens ainda não são todos homossexuais. Felizmente, para as mulheres, ainda há por aí muito macho latino.
Faz lembrar um pouco aquela moda dos óculos aqui há uns anos atrás, em que muitas pessoas usavam óculos mesmo não tendo qualquer graduação. Era uma questão de moda mas não feria nenhum olho como a atual “moda” que refere.
Boa noite concordo consigo em absoluto, se é verdade que cada um nasce como nasce e todos devem ser respeitados, e eu tenho imenso respeito pelos homossexuais, contudo também não é menos verdade que agora “virou moda”, há uma propaganda nas tv e media a publicitarem de forma barata tudo o que é diferente…vá-se lá saber porquê…
Mesmo que tenha razão no que diz, isto é um exagero. Acusação por homofobia pelas declarações que fez?’ Realmente ao que se chegou. Ninguém pode exprimir um opinião…
…li em diagonal, porque o assunto nem justifica perder tempo demasiado, mas não só não vejo razão para este ser um assunto de notícia, como me parece que o homem não disse nada de errado, nem seque foi extremista como muita gente por aí é.
Apenas foi mais um argumento para as hostes de florzinhas politicamente correctas fazerem algo com o tempo que decididamente têm a mais. Família, responsabilidade e boa educação precisa-se, esta é mais uma consequência de passar essa responsabilidade para terceiros.
Pergunto se a opinião dele e o que disse justifica uma investigação por homofobia?! Que absurdo e que desajustado.
Admiram se que depois os exageros tambem apareçam noutros lados..