A ministra da Economia espanhola, Nadia Calviño, saiu da corrida para ser escolhida como a candidata europeia à presidência do FMI.
Estão a decorrer desde as 7h00 desta sexta-feira as votações entre os ministros das Finanças da UE para a designação do candidato europeu à sucessão de Christine Lagarde na liderança do Fundo Monetário Internacional.
De acordo com fontes da presidência do governo espanhol, Calviño não vai participar na fase seguinte. “Espanha estará sempre disposta a promover o consenso entre os países da União Europeia para eleger uma candidatura comum para a direção do Fundo Monetário Internacional. Para isso, anunciamos que o governo aposta por conseguir um acordo europeu, sem que a ministra da Economia Nadia Calviño participe na seguinte fase”, disseram as mesmas fontes da Moncloa ao El País.
Assim, o motivo que faz Calviño recuar é o mesmo apontado por Centeno, a quem segue os passos: quer que seja escolhido um candidato de “consenso”.
Na quinta-feira, o ministro das Finanças português anunciou no Twitter que não vai a votos para ser o candidato da UE ao FMI, mas Mário Centeno não desistiu da corrida. O presidente do Eurogrupo desistiu de concorrer à eleição para candidato europeu à liderança do FMI, justificando a decisão com a tentativa de alcançar um consenso comunitário.
Ainda assim, o responsável garantiu permanecer “disponível para trabalhar em direção a uma solução que seja aceitável para todos”, pode ler-se na mesma publicação.
Mário Centeno decide não ir a votos esta sexta-feira, naquela que é uma primeira ronda de votações. No entanto, se não for encontrado um consenso na votação desta quinta-feira, o atual ministro das Finanças português admite reentrar na corrida num momento posterior, se os seus pares europeus entenderem que é a solução para o consenso.
Na corrida estão ainda o holandês Jeroen Dijsselbloem (ex-presidente do Eurogrupo), a búlgara Kristalina Georgieva (diretora executiva no Banco Mundial) e Olli Rehn (governador do Banco da Finlândia).
Christine Lagarde, que ocupa o cargo desde 2011, deixa funções a 12 de setembro para presidir ao Banco Central Europeu. Desde a sua criação em 1944, o Fundo Monetário Internacional foi sempre liderado por um europeu, enquanto a liderança do Banco Mundial é ocupada por um norte-americano.