Alexandra Leitão revela-se surpreendida com posições da Luz Saúde e CUF, que ameaçam retirar vários atos médicos da convenção com a ADSE.
A ministra da Modernização do Estado diz estar surpreendida com o facto de os grupos Luz Saúde e CUF terem ameaçado retirar vários atos médicos da convenção com a ADSE.
Em entrevista ao Público e à Renascença, Alexandra Leitão responde ao bastonário da Ordem dos Médicos, afirmando ser “inadmissível” que a “ética médica” leve profissionais a discriminar pacientes.
“Não esperávamos que houvesse a ideia de tirar da convenção tantos atos”, começou por dizer a ministra, reiterando que a “principal preocupação” do Governo quanto à ADSE é a “qualidade dos serviços prestados”.
A governante acrescenta ainda que “não aceitamos, não admitimos, não configuramos como possível a leitura de que alguém que entra pela ADSE ou qualquer outro subsistema tenha um tratamento diferenciado. Isso é inadmissível”.
No entanto, Alexandra Leitão diz estar confiante num acordo com a Luz Saúde e a CUF.
“Com as correções circunscritas a três ou quatro atos, entre os quais os partos, que a ADSE já anunciou que ia fazer, tenho esperança em que a situação se regularize, a bem dos beneficiários que se sentem preocupados”.
Ontem o jornal Público noticiou que o conselho diretivo da ADSE fez um ultimado aos grupos privados de saúde para que indiquem os atos e as valências médicas em que querem manter a convenção com a ADSE, permitindo assim que os beneficiários tenham uma ideia da oferta disponível ao abrigo do regime convencionado.
Os hospitais e clínicas privados tinham até às 23h59 de quarta-feira para associarem ou desassociarem os atos médicos.
Se a ADSE deixa de comparticipar alguns tratamentos, a culpa é inteiramente do Governo Costa, que quis armar em esperto e alterar unilateralmente as margens de comparticipação.
Espantoso como alguns funcionários aceitam descontar mais de 3% do seu vencimento para ter o mau serviço da ADSE.
Há seguros de saúde que fazem melhor.
“Há seguros de saúde que fazem melhor.”
Quanta ignorância!…
A ADSE não é um serviço gratuito nem nenhuma oferta do Governo. É um serviço pago com 3-3,5% do salário mensal, tal como qualquer seguro de saúde. Como tal, os seus subscritores e beneficiários têm direito aos cuidados com a qualidade que se espera. Alterar as condições do sistema de forma unilateral, sem consultar prèviamente as partes envolvidas e interessadas, é uma prepotência inaceitável! Não venha agora a senhora falar em ética médica, quando não houve ética social ou negocial na imposição das tabelas, que òbviamente tinham que ser reavaliadas e revistas.
Mais um comentário brilhante…