/

Benfica 2-3 Braga | Minhotos dão três tiros na “águia”

1

O Sporting de Braga foi ao estádio da Luz vencer por 3-2, ditando a segunda derrota consecutiva das “águias” neste campeonato. Os minhotos estiveram mesmo a ganhar por 3-0, aproveitando da melhor forma os muitos erros defensivos que os homens da casa cometeram.

Estrategicamente muito bem compostos, os minhotos souberam defender e contra-atacar com critério e eficácia, com tentos de Iuri Medeiros e Francisco Moura. O Benfica reagiu no segundo tempo, após diversas alterações, chegou ao 3-2, bis de Haris Seferovic, e chegou a empatar, mas o 3-3, no último lance, acabou anulado por fora-de-jogo. Os “arsenalistas” somam agora os mesmos 15 pontos do Benfica, estando ambos a quatro pontos do líder Sporting.

O jogo explicado em números

  • Jorge Jesus voltou a apostar em Darwin Núñez e Luca Waldschmidt no ataque e recuperou a dupla de meio-campo mais utilizada foi na época 2014/15, a última antes de sair na primeira passagem pelos “encarnados”, composta por Pizzi e Andreas Samaris. Carlos Carvalhal voltou a apostar num 4-4-2, com Galeno solto nas costas de Paulinho e a criar muitos problemas à defesa da casa.
  • A primeira grande oportunidade surgiu aos dez minutos, quando Jan Vertonghen, na grande área bracarense, realizou um remate acrobático para grande defesa de Matheus. O Benfica era a equipa que mais procurava o golo e, à passagem do primeiro quarto-de-hora, registava 59% de posse de bola, mas somente dois remates (um enquadrado), contra um disparo dos minhotos, este sem a melhor direcção.
  • Quase nada mudou nos 15 minutos seguintes. O Benfica continuou a ter mais bola, mas os minhotos pareciam ter a questão sob controlo, pelo que à meia-hora não havia mais remates. Os “encarnados” somavam mais acções com bola na área contrária (7-4) e melhor qualidade no passe (81% contra 74%), mas lances de perigo só o de Vertonghen.
  • Os “arsenalistas” eram, por ser turno, venenosos a lançar contra-ataques rápidos, pelo que aos 30 minutos, os três melhores ratings da partida pertenciam a três defesas do Benfica: Gilberto 6.4, Otamendi 6.0 e Vertonghen 5.5. O melhor entre os forasteiros era Iuri Medeiros 5.4.
  • Aos 38 minutos surgiu o golo do Braga. Primeiro, os minhotos construíram um lance de contra-ataque que, após muita cerimónia, acabou com um remate por cima, quando poderia ter tido outro desfecho. Mas no lance seguinte a bola entrou mesmo. Iuri Medeiros dançou frente aos defesas benfiquistas e rematou muito colocado, para um tento de belo efeito. Ao terceiro remate, primeiro enquadrado, estava inaugurado o marcador.
  • Vantagem minhota ao descanso, num jogo em que os forasteiros mostraram sempre estar mais conscientes do que fazer na partida. O Benfica teve mais bola e atacou mais, mas os “arsenalistas” fecharam-se bem e lançaram contragolpes muito perigosos, fazendo golo num deles, numa demonstração de grande eficácia. O melhor nesta fase era Iuri Medeiros, com um GoalPoint Rating de 7.5, ele que fez o golo solitário, completou as três tentativas de drible (duas no último terço) e ganhou dois de três duelos aéreos ofensivos.
  • Reentrada arrasadora do Braga, que chegou ao 2-0 aos 50 minutos. Al Musrati encontrou Moura num movimento diagonal e este, perante Vlachodimos, atirou a contar, ao quarto remate que realizou no jogo. Montanha para escalar para as “águias”, que continuavam a demonstrar debilidades defensivas.
  • E pior ficou a vida dos “encarnados aos 63 minutos. Erro de Vlachodimos, a hesitar fora da área, e Moura aproveitou para lhe roubar a bola e atirar para a baliza deserta. Começava a desenhar-se um resultado histórico na Luz. O Benfica tinha bola (57% nesta fase), mas não criava lances de perigo, enquanto os minhotos tinham já três golos em cinco remates, quatro enquadrados.
  • Resposta apenas aos 68 minutos. Rafa Silva cruzou da direita e Seferovic, de primeira, desviou para o fundo da baliza. O Benfica continuava a registar mais acções com bola na área contrária (13-10) e mais disparos (7-5), mas defensivamente a equipa “encarnada” não funcionava. E aos 70 minutos, Matheus negou um golo quase feito a Seferovic.
  • Aos 74 minutos, falhando clamoroso de Waldschmidt, a atirar ao lado na pequena área após excelente lance e cruzamento de Grimaldo. A pressão dos anfitriões era intensa, mas era mais o coração do que a cabeça a mandar. E Aos 86 minutos, Seferovic fez o 3-2. Desta vez o passe veio da esquerda, de Grimaldo, que encontrou o suíço à entrada da pequena área e este só teve de empurrar.
  • No último lance do jogo, Seferovic ainda fez o terceiro para o Benfica, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo, numa recta final de partida verdadeiramente emocionante. Foi a terceira vitória do Braga na casa do Benfica, a segunda consecutiva.

O melhor em campo GoalPoint

Jogo imenso do líbio do Braga. Al Musrati não foi só o principal destruidor do futebol atacante das “águias”, mas também o mais importante municiador, pelo que foi o MVP da partida na Luz, com um GoalPoint Rating de 7.8. Para além de dez recuperações de posse, três desarmes e seis intercepções, o médio fez duas assistências, nos dois únicos passes para finalização que realizou. Uma prestação para mais tarde recordar.

José Sena Goulão / Lusa

Jogadores em foco

  • Francisco Moura 7.2 – O jovem extremo, de apenas 21 anos, viveu uma noite de sonho. Nunca antes tinha marcado na Liga, e desta feita fez logo dois golos. Um bis pleno de oportunidade, fruto de velocidade, mobilidade, leitura de jogo e eficácia, pois foram dois golos em três remates, todos enquadrados.
  • Gilberto 7.1 – Jogo conseguido do lateral brasileiro, nos diversos momentos. Defensivamente somou seis recuperações de posse, dois desarmes e outras tantas intercepções, e ainda ganhou os três duelos aéreos defensivos em que participou. Além disso, completou as quatro tentativas de drible, duas no último terço, e ainda fez dois passes para finalização.
  • Iuri Medeiros 7.0 – Endiabrado, o ex-Sporting abriu o activo ainda na primeira parte e foi sempre um problema para a defesa benfiquista, pela velocidade, mobilidade e técnica. Completou três das quatro tentativas de drible e ganhou dois de três duelos aéreos ofensivos.
  • Rafa Silva 6.8 – Inconformado ao longo de toda a partida, esteve sempre nos momentos em que o Benfica ameaçou pelo menos o empate. O extremo fez uma assistência, três passes para finalização, cinco passes valiosos e completou três de cinco tentativas de drible.
  • Haris Seferovic 6.6 – A entrada do suíço abanou com o jogo, ao ponto de quase ter conseguido chegar ao empate só com golos do avançado. Seferovic marcou por duas vezes, em lances plenos de oportunidade, enquadrou três de cinco remates (foi o mais rematador do desafio) e somou o máximo de acções com bola na área contrária. Desperdiçou uma ocasião flagrante, que lhe penaliza a nota final.
  • Álex Grimaldo 6.5 – Outro jogador que, quando entrou, teve grande impacto no jogo. Em apenas 32 minutos em campo, o espanhol conseguiu criar três ocasiões flagrantes em quatro passes para finalização, teve eficácia em dois de três cruzamentos e fez três passes valiosos.

GoalPoint

1 Comment

  1. Pois é,isto não é novidade.O Vieira foi novamente buscar o ”traidor” boca grande e este,é o resultado.Derrotas em cima de derrotas mas,vem aí mais.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.