Em terra, no ar e no mar: Militares portugueses são “os melhores do mundo”

Alexandre Duclay / Lusa

Esta segunda-feira, na República Centro-Africana, Marcelo Rebelo de Sousa manifestou o orgulho nos militares portugueses. Já esta terça-feira, em Portugal, polícias e militares vão bater à porta do Presidente da República para entregar um ofício comum.

Os militares portugueses são “os melhores do mundo, em terra, no ar e no mar”, considerou Marcelo Rebelo de Sousa, esta segunda-feira, numa intervenção perante o contingente que se encontra em missão na República Centro-Africana, destacando o seu contributo para a paz.

O Presidente da República afirmou, na sua intervenção, que os militares portugueses vão para onde for necessários sempre com a mesma “capacidade de resolução, de decisão, de intervenção, todos os dias, 24 horas por dia”.

Depois de ter manifestado a honra que era estar em Bangui com o contingente português destacado na República Centro-Africana, Marcelo lembrou que ali se constrói a paz e uma África diferente. “Isso é importante para todos, é importante para África, é importante para a Europa, é importante para o mundo, é importante para Portugal“.

Marcelo Rebelo de Sousa descreveu também o orgulho que sentiu quando ouviu o Presidente da República Centro-Africana, Faustin-Archange Touadéra, agradecer o que os portugueses estão a fazer naquele país e dizer que quer ir ainda mais longe no reforço dos laços de amizade com Portugal.

“Orgulho-me porque naquela hora e meia entre o aeroporto e o Palácio Presidencial, que podiam ser 15 minutos, mas foi uma hora e meia porque parámos o carro, porque falámos com as pessoas, porque andámos a pé no meio das pessoas, mostrando que era possível andar a pé no meio de Bangui, no meio das pessoas, aí eu vi uma criança com uma bandeira portuguesa que dizia em português ‘obrigado Presidente, queremos a paz'”, contou Marcelo.

“Outros disseram – que também é perfeitamente legítimo – ‘queremos a paz e gostamos do Cristiano Ronaldo‘, que é uma forma de dizer gostamos de Portugal”, brincou.

Sublinhou ainda que, desta forma, as pessoas estão a mostrar que percebem o que os portugueses estão a fazer em conjunto com mais 11 países, na Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (MINUSCA), mas também noutra missão de formação das Forças Armadas daquele país.

Sente-se que os portugueses têm “um papel especial”, disse. O facto de “haver confiança nos militares em geral e em especial nos militares portugueses é um contributo especial”, afirmou, confessando sair da República Centro-Africana “a amar ainda mais Portugal“.

“Somos os melhores, viva Portugal, mas viva também a República Centro-Africana”, foi assim que concluiu a visita que fez, acompanhado de José Azeredo Lopes, ministro da Defesa Nacional, à força portuguesa que integra a MINUSCA e aos militares que comandam a missão de treino na União Europeia na República Centro-Africana.

Polícias e militares batem à porta de Marcelo

Esta terça-feira de manhã, oito associações representativas de polícias e militares bateram à porta do Presidente da República, para entregar um ofício comum, assinado por todos.

De acordo com a TSF, polícias e militares exigem a vários membros do Governo e, depois, ao primeiro-ministro, desde fevereiro, uma resposta sobre o descongelamento das carreiras previsto no Orçamento do Estado.

António Mota, presidente da Associação dos Oficiais das Forças Armadas disse à TSF que os profissionais estão cansados de esperar e que se as respostas não chegarem em poucos dias, vão avançar com protestos nas ruas. Também o presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP) admite que não vão esperar muito mais tempo.

A única condição que as associações pedem ao Governo é que cumpra a lei do Orçamento de Estado e que comece a negociar o descongelamento das carreiras.

ZAP // Lusa

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