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Militares pedem licenças ilimitadas ou férias para ganhar milhares a apagar incêndios

Paulo Cunha / Lusa

Todos os anos, vários pilotos do Exército, Força Aérea Portuguesa (FAP) e Marinha pedem licenças ilimitadas sem vencimento ou férias para poder tripular as aeronaves de combate a fogos rurais contratadas pelo Estado aos privados.

De acordo com o Jornal de Notícias, que avançou com a notícia este domingo na sua edição impressa, o salário destes militares, que ronda os 13 mil euros mensais, é o principal motivo para o pedido de férias e/ou licenças ilimitadas.

No seu ramo, escreve o jornal, chegam a ganhar sete vezes menos do que no combate aos incêndios. O JN dá ainda conta que muitos dos efetivos nem chegam a tirar férias, utilizando antes os dias de folga para manter a atividade no setor privado.

Apesar de este cenário ser proibido pelo Estatuto dos Militares das Forças Armadas, que considera não ser compatível, as regras têm vindo a ser contornadas com a autorização dos respetivos chefes de Estado-Maior, observa o jornal.

Num dos casos relatos na edição deste domingo, o jornal dá conta que só uma empresa só empresa de meios aéreos contratada pelo Estado chegou a ter cerca de 15 pilotos militares dos quadros permanentes à frente das suas aeronaves.

ZAP //

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