Militares de Kiev e forças pró-russas lutam pelo controlo de aeroporto de Donetsk

voevode777 / Flickr

Intensos combates, envolvendo a Força Aérea e artilharia pesada, opunham hoje as forças militares ucranianas aos separatistas pró-russos pelo controlo do aeroporto de Donetsk, estratégico para o acesso ao sudeste da Ucrânia.

Segundo jornalistas no local, os combates começaram ao início da tarde, sendo visíveis colunas de fumo negro junto ao aeroporto e audíveis disparos de artilharia pesada e motores de aviões de combate.

Paralelamente, registaram-se combates junto à estão de comboios da cidade e, segundo meios locais, pode haver mortos.

Em Kiev, pouco mais tarde, foi confirmado oficialmente o lançamento de uma “operação antiterrorista” contra o aeroporto.

Um porta-voz militar na região, encarregado da operação, disse à agência France Presse que foram enviados para Donetsk aviões de combate Sukhoi-25 e Mig-29, assim como helicópteros Mi-8 de transporte de tropas.

O aeroporto foi atacado durante a madrugada por dezenas de homens armados que se apresentaram como representantes da “república popular de Donetsk”. Sem confrontos, as forças pró-russas conseguiram controlar o aeroporto, evacuá-lo e cancelar todos os voos.

Durante a manhã chegaram ao local três camiões com uma centena de homens a bordo, vestidos com uniformes camuflados.

O ataque pró-russo foi lançado horas depois de o presidente ucraniano eleito, Petro Poroshenko, ter anunciado a intenção de se deslocar a Donetsk e a Lugansk, regiões que se auto-proclamaram independentes da Ucrânia.

Um dos dirigentes separatistas, Denis Pushilin, afirmou numa conferência de imprensa em Donetsk que o aeroporto “não estava até agora” sob controlo das forças separatistas, mas que “era preciso mudar essa situação”, porque através dele “chegavam mercenários ao território”.

Questionado sobre uma possível visita de Poroshenko, o porta-voz disse que “a situação no terreno está a agravar-se” e “não é muito inteligente” Poroshenko pretender lá ir “porque as pessoas de Donetsk não o querem ver”.

/Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.