As elevadas temperaturas que se fizeram sentir neste domingo levaram milhares de portugueses à praias. Só na Costa da Caparica, no concelho de Almada, mais de 180 mil pessoas foram a banhos.
Entre as 9 e das 19 horas deste domingo, mais de 180 mil pessoas passaram pela zona balnear da Costa da Caparica, avança ao jornal Público esta segunda-feira, citando a estimativa que ficou registada no relatório oficial da Polícia Marítima.
“No ano passado, por esta altura, as praias não estavam assim“, disse ao mesmo jornal Pedro Almeida, um dos responsáveis por patrulhar as praias desta zona, dando conta que na véspera, isto é, no sábado, a afluência às praias foi menor.
O responsável não sabe se a afluência às praias foi fruto das elevadas temperaturas, cujas máximas oscilaram entre os 30 e os 37 graus (no interior), ou se pela necessidade de os portugueses saírem para espairecer depois de semanas de confinamento.
Em declarações à agência Lusa, banhistas da praia de São João da Caparica revelaram que o cenário deste domingo quase parece um verão “normal” nesta praia, que está cheia de banhistas, mas com respeito pela “distância adequada” entre pessoas e chapéus.
O banhista mora mesmo em frente à praia, para onde costuma vir a pé com a família, e reconheceu que está “muito menos gente” no areal, quando comparado com anos anteriores. Pelas 15:00, o termómetro marcava quase 30 graus e a praia estava cheia de famílias ou grupos de amigos que aproveitavam para apanhar banhos de sol e de mar.
Também Nuno, de 48 anos, indicou que o número de banhistas “está similar” a anos anteriores, mas defendeu que o espaçamento entre chapéus está adequado à fase em que estamos a viver”, com a pandemia da covid-19. “O tempo também está a ajudar que as pessoas estejam fartas de estar em casa”, considerou, referindo-se ao confinamento.
Também o primeiro-ministro, António Costa, esteve a banhos na praia da Princesa, na Costa da Caparica, na manhã deste domingo.
O Presidente da República também foi à praia neste fim-de-semana. Marcelo Rebelo de Sousa este no sábado e domingo na baía de Cascais, onde mergulhou sem permanecer muito tempo no areal, segundo relata a SIC Notícias.
O chefe de Estado não recusou selfies, mas sublinhou que estas fotografias têm agora de ser captadas à distância. “Tem que se manter uma distância de dois metros, dois metros e meio, as pessoas ficam em frente e eu fico atrás. E as pessoas escolhem ficar mascaradas ou não. Eu tenho que ficar com a máscara”.
“As pessoas têm que ter bom senso e têm que saber exatamente quais são os limites e fazer isso aos poucos. Tem dado resultado. Mas se há um salto…”, disse.
Regresso às praias do Algarve faz-se com receio
A Sul, os banhistas começam a regressar às praias algarvias ansiosos por uma escapadela ao ar livre após o confinamento, mas ainda se revelam receosos com a convivência.
Com o termómetro a marcar os 30ºC e após o confinamento social imposto pela pandemia de covid-19, uma ia à praia é encarada como o regresso possível à normalidade e um escape para os filhos, há várias semanas fechados em casa.
“Já viemos ontem à tarde e pareceu-nos seguro, por isso voltámos hoje de manhã”, revela à agência Lusa Tânia Rodrigues, acabada de chegar com a filha, a avó, o irmão e a sobrinha à Praia de Quarteira, no concelho de Loulé.
Desde 10 de março que a filha “não saía de casa” e o vasto areal permite o espaçamento de pelo menos 3 metros entre chapéus ou toalhas, entre as centenas de pessoas que decidiram aproveitar a manhã de domingo para uma ida à praia.
Tânia e o irmão Daniel, revelam que na tarde de sábado decidiram ir à Praia da Falésia, onde “havia grupos de adolescentes com as geleiras carregadas de bebida”, e onde sentiram que o distanciamento e as normais de segurança “não estavam a ser cumpridas”.
A época balnear apenas deve ter início no Algarve a 6 de junho, mas a água torna-se irresistível para que pequenos e graúdos fiquem apenas pela areia. Foi o que fizeram os filhos de Miguel e Marta, residentes no concelho de Loulé, a cumprir “o segundo dia de praia depois do confinamento”. A estreia foi este sábado “com alguém receio”.
À Lusa revelam que, entre o teletrabalho dos dois e a telescola do mais velho, “restava apenas tempo para uma caminhada ao final do dia” e que o desconfinamento “veio em bom tempo” permitindo ao miúdos libertar alguma energia.
Marta sublinha que tentam cumprir “ao máximo as regras de segurança” e que até as crianças, que “facilmente brincam umas com as outras”, deixaram de o fazer.
“Até haver uma vacina, vamos todos ter de ter mais cuidado”, frisou.
Lindo. Tudo na rua, tudo nas praias, políticas de bosta têm que cair por terra…. Covid fraude do século.
E juízinho também não?
Ai Henrique, Henrique… não tarda muito estás a dizer que a terra é plana…
OK … OK . Mas mesmo assim trate-se !