“O dia-a-dia aqui… É difícil explicar. Sempre uma tensão, sem saber o que esperar”. Guarda-redes português e família estão desorientados.
A guerra Irão-Israel voltou. Agora noutro patamar, depois do ataque de cerca de 180 mísseis do Irão em direcção a Israel.
Todos os civis foram encaminhados para abrigos anti-bomba com o aviso de que foguetes podiam cair em solo israelita a qualquer momento.
Ouviram-se explosões em Telavive e Jerusalém – e é precisamente em Jerusalém que mora Miguel Silva, guarda-redes português que passou por Vitória de Guimarães e Marítimo.
O jogador do Beitar resume: “Foi assustador. Não teve nada a ver com o ataque de Abril“.
Na RTP, o futebolista conta que o seu clube já tinha avisado que iriam surgir alarmes e, por isso, estavam todos mais atentos.
Quando recebeu um alerta no telemóvel, percebeu que era para se refugiar num bunker – onde ainda está, com a família. “No espaço de um minuto, começámos a ouvir as sirenes”.
Miguel Silva tentou esconder dos filhos o que estava a acontecer. Colocou o volume alto no telemóvel, mas “ouvia-se bastante os bombardeamentos, bem mais do último ataque que tivemos”.
“Na última vez ouvia-se três ou quatro bombardeamentos, agora era sem parar”, descreve.
“Foi realmente muito assustador desta vez. Nunca tinha sentido nada igual. Foram momentos muito assustadores”, reforça Miguel Silva.
O guarda-redes contou que este cenário marca especialmente a esposa, que aterrou em Israel mais recentemente: “Para ela, isto ainda é muito novo, bastante assustador. Ela estava bastante assustada hoje”.
Em relação às crianças: “Durante o dia fomos dizendo que ia havendo testes para ver quem chegava mais rapidamente ao bunker, tentando abstrair da situação”.
“Mas deixa marcas, são momentos muito tensos. O dia-a-dia aqui… É difícil explicar. Sempre uma tensão, sem saber o que esperar”.
“Toda esta situação, psicologicamente, realmente afecta muito”, confessa o guarda-redes do Beitar Jerusalém.
Guerra no Médio Oriente
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