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Apenas metade dos 41 hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) onde se realizam cirurgias cumprem a chamada check-list de segurança que deve ser feita antes, durante e depois de uma operação.
A DECO alerta que 22 unidades hospitalares não seguem os procedimentos de segurança, de acordo com o relatório “Cirurgia Salva Vidas”, elaborado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) com informações relativas a 2014.
Esta check-list, que é obrigatória desde 2013 e “altamente recomendada pela Organização Mundial da Saúde”, sublinha a DECO, inclui os procedimentos médicos que devem ser seguidos na preparação das cirurgias, durante a sua realização e também no pós-operatório, com vista à garantia das melhores condições de segurança dos utentes.
Mas, de acordo com o que nota a DECO, citando o relatório referido, “22 dos 41 hospitais que fazem cirurgias não realizaram auditorias para verificar se a lista de verificação da segurança cirúrgica foi preenchida”.
Além disso, “12 dos 41 não avaliaram se a lista estava a ser aplicada como manda a DGS”, aponta ainda a Associação de Defesa do Consumidor, frisando que nos 29 hospitais onde isso foi feito “16% encontraram não conformidades”.
A DECO evidencia também que em dois hospitais se verificaram “casos de cirurgia feita no local errado” e que “três unidades de saúde reportaram casos de retenção de objectos estranhos no local cirúrgico“.
Outras “21 unidades reportaram incidentes cirúrgicos”, acrescenta a Associação.
A DECO aponta ainda que só sete hospitais cumpriram a obrigação de facultarem estes dados à DGS, frisando que os restantes só o fizeram depois de solicitação do organismo.
Mais um dado que, de acordo com a Associação de Defesa do Consumidor, reflecte que “a cultura de segurança nas cirurgias ainda necessita de ser muito reforçada”.
ZAP
