Messi renovou, mas…

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…o Barcelona vai ter problemas para anunciar oficialmente a prolongação do seu contrato. A LaLiga não vai abrir exceções, no que diz respeito às contas dos clubes.

As últimas semanas têm apontado para a renovação de Lionel Messi em Barcelona. O argentino, que já no ano passado esteve muito perto de deixar o seu clube de sempre, é um jogador livre desde o dia 30 de junho mas deverá continuar na Catalunha.

Nesta terça-feira surgiu a informação de que jogador e clube chegaram a acordo, o novo contrato vai ser assinado e o anúncio oficial surgirá nos próximos dias. No entanto, a direção do Barcelona ainda tem um entrave sério: diminuir os salários no plantel da equipa principal.

As contas do Barcelona estão longe do que eram há uns anos, a pandemia veio acentuar o défice e o novo presidente Joan Laporta continua à procura de vender passes de futebolistas, além de baixar outros salários. Recentemente houve reunião com algumas das figuras do plantel (Alba, Busquets estiveram no encontro), mas não houve acordo em relação à diminuição dos vencimentos.

O clube catalão terá de cumprir o fair play financeiro exigido pelas regras da própria LaLiga; e, para isso, estima-se que o clube terá de baixar em 30 por cento o valor total dos salários – que era superior a 600 milhões de euros, na época passada.

A contabilidade do Barcelona é apertada e, quando surgiram as indicações da renovação de contrato de Messi, o presidente da liga espanhola avisou: “Se não há saídas, é impossível”.

O jornal Marca reforça o aviso: pode haver acordo entre Messi e Barcelona mas a renovação oficial do contrato ainda está longe. Por três motivos.

O primeiro: o regulamento está publicado há muito tempo, foi aprovado pela LaLiga e por todos os clubes, e não vai ser alterado. Poderia surgir uma proposta de alteração por parte de um clube, mas a direção do Barcelona tem noção de que essa proposta iria ser rejeitada pelos outros clubes. Laporta já pediu publicamente mais flexibilidade à LaLiga, para contratar mais jogadores, mas isso não vai acontecer. A viabilidade financeira de LaLiga está em primeiro lugar.

Segundo: os problemas que se registam em França e em Itália. A quebra financeira do campeonato francês (que não chegou ao fim em 2020) é grande e, em Itália, já se pede ao Governo dinheiro proveniente das apostas. Os clubes espanhóis analisam esses problemas nos vizinhos e não querem problemas com as Finanças locais, por isso não vão abrir exceções no que diz respeito ao teto salarial (e às consequentes dívidas, muitas vezes).

Terceiro: a Superliga Europeia. O Barcelona esteve, e continua a estar, envolvido nesse projeto. A direção da LaLiga não gosta.

Nuno Teixeira, ZAP //

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