A Prada está “forrar” o Mercado Wuzhong, no centro de Pequim, com a sua marca. O objetivo passar por revitalizar a imagem destes mercados, afetados pela pandemia.
Os mercados chineses ainda não recuperaram da pandemia de covid-19. Não porque foram obrigados a fechar devido às restrições, mas porque foram alvo de um sério golpe à sua imagem. Várias teorias apontam o mercado de Wuhan como o epicentro da pandemia.
Vistos como lugares com pouca higiene, os mercados estão a ser agora revitalizados por um peso-pesado da indústria da moda. Desde a última segunda-feira, os corredores do Mercado Wuzhong, no centro de Pequim, foram forrados com a marca da Prada. Tudo desde prateleiras de vegetais à vitrine dos talhos, escreve a VICE.
PRADA’s like wanting to make every dollar as possible in China that they recently opened PRADA farmers’ market in Shanghai. Ordinery local produce wrapped with PRADA packing material so customers “feel like PRADA” (the slogan). Lol. pic.twitter.com/8x9IlNpudC
— see (@icextract) October 6, 2021
“A Prada quer tanto fazer cada dólar possível na China que abriram recentemente o mercado da Prada em Xangai”, escreve um utilizador no Twitter.
A ideia faz parte da campanha outono/inverno 2021 da marca italiana de moda. Embora não tenha marcado oficialmente uma posição relativamente à sua ideia de melhorar a imagem destes mercados, a realidade é que o está a fazer. A Prada está a combater estereótipos, mostrando que estes mercados também podem ser locais limpos e aprumados.
Stop by the incredibly fashionable…vegetable market? Prada and Wuzhong Market have teamed up to bring Shanghai a bizarrely hip fruit and vegetable stand where all the produce is wrapped in “FEELS LIKE PRADA” wrapping paper.
⭐️Prada x Wuzhong Market
⏰Time: Now to October 10 pic.twitter.com/zyWqddXVXs— Meetinshanghai (@meetinshanghai) October 3, 2021
Devido à pandemia de covid-19, um pouco por todo o mundo, os mercados asiáticos e a culinária asiática foram indiscriminadamente evitados e transformados em alvo de piadas racistas — uma tendência que continua até hoje.
Apesar da campanha da Prada estar a atrair mais pessoas, nomeadamente jovens e influencers, há quem critique a ideia.