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Meo vende 49,99% na rede de fibra à Morgan Stanley

André Kosters / Lusa

Alexandre Fonseca, CEO da Altice Portugal

A Altice Europe anunciou, esta sexta-feira, que chegou a acordo para a Meo vender uma posição minoritária de 49,99% da empresa que detém a sua rede de fibra ótica em Portugal à Morgan Stanley Infrastructure Partners.

A Meo vendeu 49,99% da rede de fibra ótica à Morgan Stanley, por, pelo menos, 1,565 mil milhões de euros. No entanto, o negócio, que deverá estar concluído no primeiro semestre de 2020, pode chegar aos 2,315 mil milhões de euros, anunciou esta sexta-feira a Altice Europa.

Segundo o comunicado da dona da Meo, existem atualmente mais de quatro milhões de casas com fibra ótica da Meo em Portugal.

O negócio, que avalia a empresa em 4,63 mil milhões de euros, prevê um encaixe em 2020 de 1,565 mil milhões de euros, mas a operação pode chegar aos 2,315 mil milhões se a nova empresa tiver um bom desempenho financeiro, encaixando a Altice mais 375 milhões de euros em dezembro de 2021 e outro tanto em dezembro de 2026.

“Estou muito satisfeito com a parceria com a Morgan Stanley Infrastructure Partners”, afirmou no comunicado o fundador da Altice Europa, Patrick Drahi, adiantando que “com este negócio, a Altice Europa já garantiu um encaixe superior a 5,7 mil milhões de euros”, referindo-se também à venda de torres de comunicação em França e Portugal.

“Esta transação fantástica com os nossos parceiros de longa data da Morgan Stanley Infrastructure Partners vai acelerar a desalavancagem do grupo”, acrescentou Patrick Drahi.

O negócio vai “abrir caminho para operações de refinanciamento significativas em 2020, o que vai permitir acelerar o programa de redução de juros da dívida”.

Citado pelo Expresso, o STCT considera que esta venda não salvaguardou os interesses dos trabalhadores nem dos cidadãos, enquanto potenciais clientes. “Se nesta estratégia a Comissão Executiva pretender um encaixe financeiro imediato, percebe-se a intenção, embora faltando os motivos. Já a mesma decisão não se entende quando está em causa o interesse e perspetiva do cidadão enquanto potencial cliente”, lê-se num comunicado.

O sindicato defende que “quanto mais o trabalho se distancia das empresas principais, maior tende a ser a sua precarização”. “Se alguém neste momento bate palmas a esta decisão são empresas concorrentes, que passaram a ter à sua disponibilidade a utilização da rede sem qualquer investimento.”

ZAP // Lusa

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