“Meio Estado para ficar com malas Luís Vitão?” – as críticas à mega operação em Lisboa

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José Sena Goulão / LUSA

A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco

Operação na zona do Martim Moniz envolveu dezenas de agentes, de várias entidades – e foi detido um imigrante ilegal.

Ainda dá que falar a mega operação na zona do Martim Moniz (Lisboa) que decorreu no final da semana passada.

Na sexta-feira a Polícia de Segurança Pública (PSP) anunciou que as autoridades detiveram 38 pessoas nas 24 horas anteriores no âmbito da campanha “Portugal Sempre Seguro”, na qual se incluiu a operação no Martim Moniz.

Em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis) referiu que levou a cabo várias operações policiais, que visam “o reforço da perceção de segurança no país”.

Em jeito de balanço, o Cometlis indica que na sequência destas operações, que decorreram no âmbito da campanha “Portugal Sempre Seguro” foram detidas 38 pessoas, a maioria pela existência de mandados de detenção (14).

Foram ainda detidas pessoas por condução com excesso de álcool (cinco), por falta de habilitação legal (seis), tráfico de droga (duas), violência doméstica (uma) e por situação irregular em território nacional (uma).

Uma das operações realizadas pela PSP neste âmbito decorreu na zona do Martim Moniz (que costuma ter diversos imigrantes), durante a qual foram fiscalizados estabelecimentos comerciais e pessoas, visando aferir a permanência legal em território nacional.

Na operação estiveram envolvidos, além da PSP, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e Segurança Social.

“Só isto?”

Mas na prática, apesar do aparato e da fiscalização de perto de 100 pessoas para verificar se estavam legais, só foi detida uma pessoa nesse contexto. Só um imigrante ilegal detido.

O assunto chegou ao Parlamento nesta segunda-feira. Pedro Delgado Alves, deputado do PS, acha que esta ação foi um exemplo de politização e perguntou a Margarida Blasco se não acha que “este aparato operacional, face a estes resultados, pode contribuir para uma perceção de insegurança“.

A ministra da Administração Interna respondeu: “O aparato não foi nada daquilo que quer dizer. O aparato é o conjunto de pessoas que estão a trabalhar pela segurança deste país e que estão numa ação completamente normal”.

O Bloco de Esquerda fez o seu balanço das apreensões feitas nessa operação: “Uma mega operação em que se levou quase metade do Estado para o Martim Moniz. (…) Umas malas de senhora da Luís Vitão? Uns ténis da Ardidas? As mega operações são orientadas pela investigação criminal, ou conduzidas por critérios de gestão da agenda e narrativa política do Governo e do PSD?”, perguntou Fabian Figueiredo.

A ministra disse que quem está a “politizar” esta operação é a oposição: “Esta ação teve este alarido todo com as televisões e órgãos de comunicação social, mas este tipo de operações realiza-se muitas vezes”, assegurou.

Para 2025 o Ministério da Administração Interna prevê investir nas forças de segurança 127,2 milhões de euros – menos 2,7 milhões de euros do que estava programado no mapa de programações de 2022 a 2026, anunciou a ministra Margarida Blasco.

ZAP // Lusa

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6 Comments

  1. A esquerda e o seu wokismo a tentar minizar o assunto “foram detidas 38 pessoas, a maioria pela existência de mandados de detenção”, isto apenas no Martim Moniz, o que seria se fosse em toda a cidade ou País.
    Pior do que não ver é não querer ver.

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    • Saber ler ajuda. No Martim Moniz foi detida UMA pessoa. Operação ridículo com o único intuito de passer a mão pelo pêlo dos simpatizantes do Chega. Pelo seu comentário, parece que funcionou.

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      • «..no âmbito da campanha “Portugal Sempre Seguro” foram detidas 38 pessoas, a maioria pela existência de mandados de detenção (14).»

      • Rapaz não é o chega e portugal inteiro ou preciso portugal inteiro votar chega pra perceberes, a ver se não preciso. sai a rua mais vezes pra perceberes , ninguém os quer cá só os empresários exploradores k têm medo de aumentar salários por isso dá-lhes jeito a mão de obra barata, mas tu sendo de esquerda devias ser o primeiro a dizer isto ou não???então o proletariado?tanso

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      • Só “um” imigrante ilegal detido, o “um” refere-se ao numero de imigrantes ilegais não a ação policial e o titulo da noticia potenciada pelo wokismo é que essa ação foi desmesurada e sem qualquer utilidade quando na realidade prenderam 38 pessoas em 24 Horas.

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