A mega-lancha Bojador, a maior já adquirida pela GNR e que custou 8 milhões de euros, encalhou na praia de Carcavelos, em Cascais. Só ao cabo de 8 horas é que foi possível desencalhar a embarcação cujos danos vão ainda ser avaliados.
A Bojador encalhou em pedras, em frente à praia de Carcavelos, no concelho de Cascais, por volta das 14:30 horas desta quarta-feira.
A embarcação estava a fazer uma acção de patrulhamento costeiro, como anunciou a GNR.
Só cerca de 8 horas depois, por volta das 22:20 horas, é que a mega-lancha foi desencalhada. Mas para isso foi preciso recorrer aos serviços de um rebocador e aproveitar a preia mar, como revelou uma fonte oficial do comando-geral da GNR ao Diário de Notícias.
No local do incidente estiveram ainda bombeiros, elementos da GNR e da Polícia Marítima.
A lancha terá sofrido alguns danos, mas ainda não é possível saber se serão severos ou ligeiros.
Após ter feito a sua viagem inaugural em Maio passado, a lancha tem estado em período de testes e de formação à tripulação.
“Capacidade de operar lancha destas não se improvisa”
A Bojador é a maior embarcação de sempre ao serviço da GNR, com cerca de 35 metros.
A sua aquisição foi polémica, não só por ter custado 8 milhões de euros, mas também por ser maior do que qualquer das lanchas de fiscalização da Marinha que considerou a compra como uma afronta.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, foi alvo de duras críticas pela compra da lancha. Um dos que lhe apontou o dedo foi José Luís Cruz Vilaça, da Associação dos Oficiais da Reserva Naval (AORN), que, agora, em declarações ao Observador, volta a sublinhar a “estranheza” pela aquisição.
José Luís Cruz Vilaça acrescenta que a entrega do equipamento “implica a preparação da tripulação”.
“A capacidade de operar uma lancha destas não se improvisa”, destaca no Observador, realçando que “a Marinha já está apetrechada para o fazer”, pois “é a sua vocação desde há 700 anos”. Já no caso da GNR “nem é essa a sua missão atribuída pela lei em vigor”, conclui.
As causas do incidente ainda não são conhecidas, mas a GNR já anunciou que vai lançar um inquérito para apurar o que aconteceu.
O professor de surf Tomás Pinto de Abreu conta revela, em declarações à TSF, que estava muito nevoeiro na altura em que a lancha encalhou.
“Quando se começou a por o nevoeiro na praia de Carcavelos, estávamos a dar uma aula de surf dentro de água, e ouvimos uma espécie de barulho metálico a raspar. Com o passar do tempo o nevoeiro dissipou-se e começámos a ver um grande vulto no mar. Reparámos que era um barco, com a popa virada para a praia e achámos que se tinham enganado e vindo para perto da costa, mas com o passar do tempo reparámos que estava mesmo encalhado“, relata Tomás Pinto de Abreu na TSF.
Não é “poupa”, é “popa”. A “poupa” é do cabelo.
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