Na nação africana Malaui, pelo menos 140 pessoas foram detidas pelo assassinato de nove vítimas, que acreditavam ser vampiros.
As autoridades de Malaui prenderam 140 pessoas por suspeitas de estarem envolvidas em ataques contra supostos praticantes de vampirismo em Blantyre e noutros distritos do país africano, revelou na sexta-feira o inspetor geral Lexon Kachama.
Os ataques começaram no sul da República Malaui, a segunda maior cidade do país, quando uma pessoa foi queimada viva e, na quarta feira, outra morreu apedrejada.
O aumento das tensões estendeu-se desde a zona do monte Mulanje, onde pelo menos seis pessoas foram assassinadas, até outros distritos do sul.
Os distúrbios no monte Mulanje estavam vinculados a rumores de que os habitantes se dirigiam àquela zona para roubar o sangue dos residentes locais e e utilizar-lo em rituais de “magia negra”, de acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, no seu aviso para os britânicos que se possam encontrar no território.
A polícia, por sua vez, reiterou, no início de outubro, que os bruxos “chupa sangue” não tinham fundamento e que não havia nenhuma prova nem denúncia oficial de que alguém bebesse sangue humano como parte de rituais mágicos.
Agora, as autoridades locais pedem ajuda ao exército nas zonas afetadas, numa tentativa de controlar e acalmar as tensões, salvando vidas.
As crenças relacionadas com bruxaria e vampiros continuam muito enraizadas e aterrorizam muitos habitantes do Malaui, um dos países mais pobres do mundo. Já em 2002 houve uma série de eventos violentos semelhantes, provocados pelo medo dos “chupadores de sangue”.
ZAP // RT