Manuel de Almeida / Lusa

As medidas de contenção adotadas por vários países europeus salvaram a vida de cerca de 120 mil pessoas na Europa, revela um novo relatório de investigadores britânicos.
Coronavírus / Covid-19
-
27 Fevereiro, 2021 Portugal regista mais 33 mortes e 1071 novos casos de covid-19
-
26 Fevereiro, 2021 Bolsonaro diz que máscaras causam “efeitos colaterais”
Um estudo do Imperial College London revela que as medidas de contenção adotadas por 11 países europeus durante esta pandemia de covid-19 pouparam, até esta terça-feira, pelo menos 120 mil vidas. As medidas preveniram também que houvesse 43 milhões infetados.
Os investigadores, citados pelo Observador, realçam que mesmo com o aumento do número de mortos, “vemos dados suficientes para concluir que as ações drásticas e sustentadas adotadas pelos governos europeus já salvaram vidas, reduzindo o número de novas infeções a cada dia”.
Alguns países tardaram em adotas as medidas de prevenção, razão pela qual os efeitos podem demorar “de dias a semanas” até se fazerem notar no número de mortes.
O estudo não contemplou as medidas de prevenção adotadas por Portugal, focando-se nas medidas aplicadas na Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Itália, Noruega, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido.
Os investigadores sugerem também que o Reino Unido pode ser um caso de imunidade de grupo, em que houve um número suficiente de infetados a ganhar imunidade à covid-19. O vírus pode já ter contagiado mais de metade da população britânica, adiantam alguns especialistas.
A tentativa de conseguir imunidade de grupo no Reino Unido foi uma medida do primeiro-ministro Boris Johnson, mas essa estratégia foi entretanto abandonada.
Além disso, também em Wuhan, o epicentro do surto, as medidas de contenção podem ter sido decisivos. Embora tenha infetado 841.173 pessoas e matado 41.401, a decisão do Governo chinês de isolar a cidade pode ter evitado o surgimento de 700 mil novos casos.