As medidas de contenção adotadas por vários países europeus salvaram a vida de cerca de 120 mil pessoas na Europa, revela um novo relatório de investigadores britânicos.
Um estudo do Imperial College London revela que as medidas de contenção adotadas por 11 países europeus durante esta pandemia de covid-19 pouparam, até esta terça-feira, pelo menos 120 mil vidas. As medidas preveniram também que houvesse 43 milhões infetados.
Os investigadores, citados pelo Observador, realçam que mesmo com o aumento do número de mortos, “vemos dados suficientes para concluir que as ações drásticas e sustentadas adotadas pelos governos europeus já salvaram vidas, reduzindo o número de novas infeções a cada dia”.
Alguns países tardaram em adotas as medidas de prevenção, razão pela qual os efeitos podem demorar “de dias a semanas” até se fazerem notar no número de mortes.
O estudo não contemplou as medidas de prevenção adotadas por Portugal, focando-se nas medidas aplicadas na Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Itália, Noruega, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido.
Os investigadores sugerem também que o Reino Unido pode ser um caso de imunidade de grupo, em que houve um número suficiente de infetados a ganhar imunidade à covid-19. O vírus pode já ter contagiado mais de metade da população britânica, adiantam alguns especialistas.
A tentativa de conseguir imunidade de grupo no Reino Unido foi uma medida do primeiro-ministro Boris Johnson, mas essa estratégia foi entretanto abandonada.
Além disso, também em Wuhan, o epicentro do surto, as medidas de contenção podem ter sido decisivos. Embora tenha infetado 841.173 pessoas e matado 41.401, a decisão do Governo chinês de isolar a cidade pode ter evitado o surgimento de 700 mil novos casos.