/

Médico de serviço responsabilizado por morte de bebé na Guarda

2

O inquérito interno aberto pelo Hospital da Guarda à morte de um bebé, no passado dia 16 de Fevereiro, imputa responsabilidades ao ginecologista e obstetra que estava de serviço naquela altura, considerando que não actuou segundo as melhores práticas.

Esta conclusão é divulgada pelo Correio da Manhã e consta do relatório feito por uma Comissão Externa, que foi designada pela Administração Regional de Saúde do Centro, para investigar as circunstâncias em que ocorreu a morte de um bebé, quando a mãe, grávida de 39 semanas, se encontrava nas Urgências do Hospital da Guarda.

De acordo com o documento, citado pelo jornal, “o médico quer tenha ou não avaliado os registos, não procedeu de acordo com as ‘legis artis“.

Apesar de estar “provado” que não actuou de acordo com os procedimentos mais correctos, a Comissão defende que o caso deve ser “arquivado, uma vez que a Unidade Local de Saúde da Guarda não detém poderes disciplinares” sobre o médico, frisa o CM.

É que o obstetra não tinha qualquer contrato assinado com o hospital, onde estava a trabalhar em regime de prestação de serviços, durante 20 horas semanais.

Todavia, o médico pode “responder criminal e civilmente” na Justiça e na Ordem dos Médicos, lembra a Comissão.

O CM aponta que o mesmo relatório considera que “não existiu negligência” da médica e da enfermeira que também estavam de serviço, na altura em que a grávida foi às Urgências.

O inquérito não revela dados sobre as causas da morte do bebé, frisando apenas que “não terá havido descolamento da placenta”, conforme cita o diário.

O Ministério Público também está a investigar o caso e já teve acesso aos exames médicos que confirmam que o bebé estava vivo quando a mãe chegou às Urgências.

ZAP //

2 Comments

  1. seria bom que de uma vez por todas se esclarecesse este novo/velho regime dos médicos tarefeiros. a responsabilidade é pouca, a competência e dedicação discutível mas nada é feito. tudo acaba por se resumir a “sorte”. Se por acaso as estrelas estiverem alinhadas o parto corre bem no SNS senão é ir para o privado e ai o controlo é outro.

  2. Nada trará esta criança de volta, o que é uma tragédia imensa. Mas a justiça tem de ser feita e de forma exemplar. Esperemos que isso aconteça e que os pais procedam para que tal se efective.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.