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Médicos aderem cada vez menos aos incentivos para trabalhar em zonas mais carenciadas

Os médicos têm aderido cada vez menos ao regime criado para os incentivar a aceitar vagas em hospitais e centros de saúde com carência de profissionais.

Segundo o Jornal de Notícias, até julho deste ano 263 médicos beneficiavam dos apoios. Em 2019, o regime contava com 358 médicos e em 2020 com 313.

O Ministério da Saúde reconhece a existência de um problema. Há um mês, quando um terço das vagas para médicos de família ficaram por preencher, a ministra Marta Temido admitiu melhorar os benefícios dados a quem queira trabalhar em zonas carenciadas e retomar o regime de exclusividade.

A falta de adesão às vagas para zonas carenciadas é mais um sinal da dificuldade que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem em contratar, depois de um terço das vagas para médicos de família ter ficado por preencher no concurso deste ano.

De acordo com o mesmo jornal, os sindicatos referem que estas promessas nunca são cumpridas. O acréscimo salarial é dado durante seis anos, mas, como o Governo colocou a medida no Orçamento do Estado deste ano, a mesma caduca em 2022 – pode, no entanto, ser renovada.

Caso isso não aconteça, o benefício para a mobilidade geográfica a zonas carenciadas volta a ser dado durante apenas três anos.

Ao JN, Roque da Cunha, do Sindicato Independente dos Médicos, e Noel Carrilho, da Federação Nacional, reconhecem que o regime é positivo e renovam a disponibilidade para negociar com o ministério, mas afirmam que o problema não está nos benefícios para quem vai para zonas carenciadas, mas sim na base: o salário e as condições de trabalho da classe.

ZAP //

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