Uma vizinha da casa onde os sete estudantes da Universidade Lusófona estavam instalados, no Meco, afirma ao Diário de Notícias ter visto os estudantes a rastejar na terra, com pedras presas aos tornozelos, no dia 15 de dezembro, dia da tragédia que vitimou seis deles.
O testemunho é de Cidália Almeida, vizinha de um terreno baldio, a cerca de 300 metros da casa que os jovens arrendaram, que afirma ao jornal: “Aquilo intrigou-nos tanto, porque ninguém percebia o que estavam ali a fazer sete jovens, com trajes académicos, mas a rastejar pela terra e com pedras presas nos tornozelos”.
A testemunha refere ainda ao jornal que, em resposta à abordagem dos moradores ao ritual que assistiam, obtiveram como resposta: “Isto é uma praxe. Uma experiência de vida. Não se meta”.
A teoria de praxe já havia sido levantada anteriormente. Segundo a RTP, alguns universitários relatam sob anonimato que naquela noite pode ter acontecido um ritual que terminou no mar e que “todos sabiam ao que iam”.
João Gouveia, o líder da Comissão de Praxe e o único jovem que sobreviveu, pode vir a ser acusado de homicídio por negligência, se se comprovar que coagiu os colegas a uma praxe perigosa.
A praxe poderá ter consistido num jogo de perguntas colocadas pelo líder, de frente para as ondas, aos colegas dispostos em linha de costas para o mar. Cada resposta incorrecta teria como “castigo” um passo atrás.
Um vídeo foi entretanto divulgado pela CMTV, que mostra os jovens a fazer o reconhecimento de uma casa abandonada, que seria possivelmente usada para futuras praxes da Comissão Académica da Lusófona.
ZAP