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Mau tempo atrasa abertura do primeiro hotel do chocolate em Portugal

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Hotel "Fábrica do Chocolate"

Hotel “Fábrica do Chocolate”

O primeiro hotel português dedicado ao chocolate abre portas em Viana do Castelo em meados do mês de maio, depois de o mau tempo ter atrasado as obras de reconversão da antiga fábrica de chocolates da “Avianense”.

A abertura do hotel “Fábrica do Chocolate”, apresentado pelos promotores como único do género no país, estava programada para 01 de abril de 2014, data em que a marca chocolates “Avianense” completa um século.

“A obra está numa fase próxima dos acabamentos, tivemos o contraponto do mau tempo, que atrasou os trabalhos. Mas estamos com um prazo previsto de abertura para meados de maio”, explicou hoje Goretti Silva, gerente da empresa “Na Rota do Chocolate”, durante uma visita às obras.

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Goretti Silva, gerente da empresa "Na Rota do Chocolate"

Goretti Silva, gerente da empresa “Na Rota do Chocolate”

De acordo com a responsável, a reconversão do edifício da antiga fábrica de chocolates, construído entre 1926 e 1928, dará lugar a um hotel temático de quatro estrelas, através de um investimento de 3,4 milhões de euros. Deste total, 2,2 milhões de euros foram comparticipados por fundos comunitários, através de uma candidatura que os promotores apresentaram ao Instituto do Turismo.

“Em Portugal é um conceito inovador e mesmo em termos internacionais não há muitos hotéis deste género a funcionarem no espaço de uma antiga fábrica também de chocolate. Aqui estamos a falar de um exemplo de arqueologia industrial”, explicou anteriormente à Lusa Goretti Silva.

Além do alojamento, com 18 quartos – dos quais cinco são ‘suites’ -, o empreendimento terá ainda uma área de restauração com capacidade para 50 pessoas e um centro interpretativo dedicado ao chocolate e que até incluirá alguma maquinaria que restou da antiga fábrica.

“O centro interpretativo vai retratar o ciclo de fabrico e comercialização do chocolate e terá um apontamento daquilo que foi o edifício enquanto espaço fabril e da própria marca ‘Avianense’. Em paralelo com outras marcas nacionais e internacionais”, explicou Goretti Silva.

Uma loja ‘gourmet’ ou tratamentos de chocoterapia com cacau e chocolate, serão outros serviços a disponibilizar.

A fábrica de chocolates “Avianense” foi declarada falida a 24 de setembro de 2004, lançando para o desemprego 48 trabalhadores, face a dívidas de 2,2 milhões de euros.

A marca centenária, bem como os equipamentos e a frota da empresa, foram arrematados, por cerca de 150 mil euros, por um empresário que em agosto de 2005 retomou o fabrico dos chocolates em Durrães, Barcelos, onde ainda é feito.

O espaço que albergou a produção de chocolate durante mais de 90 anos, em pleno centro da cidade de Viana do Castelo, ficou devoluto e já foi entretanto demolido, à exceção da fachada do edifício principal, classificada, datada do início do século XX.

“Vamos mantê-la porque será o elemento de ligação entre as duas realidades. O fabrico de chocolate que aqui existia e a nova utilização, enquanto hotel, restaurante e centro interpretativo, que passará a ser dada ao espaço”, sublinhou a gerente, estimando a criação de 19 postos de trabalho com este investimento.

O “Imperador”, um bombom feito com uma amêndoa torrada nacional e chocolate de leite, é ainda hoje a grande imagem de marca da “Avianense”.

 

/Lusa

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