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Matos Santos diz que se demitiu para proteger líder do CDS de “campanha negra”

Paulo Novais / Lusa

Abel Matos Santos

Abel Matos Santos disse que deixou a comissão executiva do CDS para proteger a liderança de Francisco Rodrigues dos Santos de uma “campanha negra”.

Três dias depois da demissão, só hoje Matos Santos publicou, no Facebook, a carta de demissão de vogal da comissão executiva dirigida a Rodrigues dos Santos, que afirma querer preservar de ataques vindos de “políticos sem escrúpulos”, que nunca identifica, que “não olham a meios para atingir os fins”.

E depois dirige-se ao presidente do partido, que o convidou para a direção no congresso de Aveiro, em 25 e 26 de janeiro: “Resistiria até ao fim para os combater, se isso te fosse útil. Mas quero preservar-te, a ti e à nossa direção”.

O psicólogo e fundador da Tendência Esperança em Movimento (TEM) afirma ainda esperar que o líder se mantenha “firme no caminho” e na estratégia que “levou muitos militantes” a apoiá-lo no congresso. O dirigente centrista escreveu que “os ataques” que lhe “foram movidos” eram para prejudicar a liderança por “alguns daqueles que perderam” e que “se prepararam para isto” com o objetivo de praticar “a baixa política”.

Abel Matos Santos entrou na corrida à sucessão da ex-presidente do partido, Assunção Cristas, mas não chegou a levar a sua moção a votos, tendo desistido a favor do atual presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos.

O psicólogo-clínico integrou as listas apresentadas pelo atual líder, tendo sido eleito em congresso vogal da comissão executiva.

Abel Matos Santos abandonou na terça-feira a direção do CDS, ao fim de duas semanas, depois de ter sido noticiado pelo Expresso que defendeu, de 2012 a 2015, em publicações na rede social Facebook, elogios a Salazar e à PIDE, e apelidou de “agiota dos judeus” o cônsul de Portugal em Bordéus Aristides Sousa Mendes, que ajudou a salvar milhares de judeus durante a II Guerra Mundial.

ZAP // Lusa

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