Governante assegurou que o Executivo fará tudo ao seu alcance para remediar a situação social que os cerca de 150 trabalhadores ficarão depois do encerramento da central do Pego.
João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente, considera que o fim da produção de eletricidade a partir do carvão é “muito boa notícia”, não havendo outra forma de encarar o encerramento da infraestrutura. O governante assegurou ainda todo o “apoio social” à transição energética na região do Médio Tejo. “Vamos criar muito emprego nas energias renováveis”.
Paralelamente, anunciou “toda a proteção social” aos cerca de 150 trabalhadores da central termoelétrica e afastou a ideia que o país possa ficar dependente do estrangeiro em relação à eletricidade. “Temos de cuidar destes trabalhadores e de projectos alternativos para aquela zona”, apontou, dizendo ainda que não acredita que haja um problema de desemprego de uma noite para a manhã relativamente a este ponto.
“Para já, são trabalhadores de um patrão responsável que continuará a pagar salários e tem tido um comportamento normal, não anunciou na véspera como aconteceu na Galp em Matosinhos. Estamos aqui como substituto, caso isso não venha a acontecer, mas estamos sinceramente convencidos que dentro de um ano em alguns destes projetos de menor dimensão e, sobretudo, neste novo projeto de energia renovável naquele local já estarão a ser gerados postos de trabalho. Os trabalhadores querem um salário e querem ter trabalho. Têm todo o direito e vão tê-lo”, esclareceu.
Já sobre a dependência do exterior, o Ministro do Ambiente afastou a possibilidade e lembrou que Portugal vai dar um salto no que respeita à produção de renováveis.
“[Portugal] Não fica mais dependente do exterior. Temos centrais de ciclo combinado a gás, que espero que não durem 20 anos, não estou aqui para enganar ninguém, que produzem eletricidade necessária”, realçou, reforçando a aposta no “crescimento da energia solar“. A energia renovável predominante vem das barragens e do vento, “o solar ainda tem uma quota pequenina”, notou o ministro.
“Portugal produz menos do que Bélgica ou Inglaterra, mas o país vai dar um salto”, promete o ministro. “A produção solar era 1 GW quando cheguei a ministro, agora são dois e chegará a oito ou nove GW dentro de três ou quatro anos”, acrescenta.
Apesar dos receios e da desconfiança, Matos Fernandes lembrou que a produção de eletricidade a partir de carvão no Pego custava 100 milhões ao país, por ano. “Isto só era possível porque os portugueses pagavam 100 milhões de euros por ano. Ora, 60% do consumo elétrico já vem das renováveis e os restantes 40% são gás e biomassa”, explicou. Na entrevista à RTP (citado pelo Público), lembrou ainda que a meta nacional é que estes 60% sejam 80% em 2030″, apesar de antever que a meta seja alcançada em 2025.
Gostava de saber como vão produzir a energia necessária APENAS utlizando energias renovaveis.
Milagre?
Quem falou em “apenas renováveis”?!
Convém ler a notícia antes de comentar…
Eu só queria viver num país onde estes (ir)responsáveis fossem responsabilizados pelos “Eldorados” prometidos e pelas promessas não cumpridas.
Ainda me lembro da promessa de Durão Barroso: “A concorrência vai fazer baixar os preços dos combustíveis” (Esta foi a enorme mentira. Qual foi o castigo? “Vais, de castigo, para Bruxelas”)
Lembro-me das centenas de milhares de empregos que o Sócrates prometeu. Ainda mos deves Sócrates. Eu não me esqueço!
É tudo sempre assim.
Milagre! não, vai ser o habitual…..comprar fora (se calhar noutro país que exporta energia produzida a carvão..) e o povo paga na fatura.
Mais do mesmo..
ZAP, deve faltar alguma coisa nesta frase: “Isto só era possível porque os portugueses pagavam 100 milhões de anos.” – talvez “100 milhões de euros por ano”.
Caro leitor,
Obrigado pelo reparo, está corrigido.
Este ministro…O gajo que achava normal uma empresa criar-se dois dias antes com um capital miserável e com sede na junta de freguesia do PS local para ganhar aquele que seria um dos maiores negócios de Portugal nas próximas décadas…
Vamos comprar a electricidade a Marrocos, que a produz com carvão, ao preço que eles quiserem. Varrer para baixo do tapete para ficar bem na fotografia, e nós pagamos.
Apenas por dizer isto: “não estou aqui para enganar ninguém”, já não vale a pena crer em mais nada do que diz.
Portugal vai continuar a ter a eletricidade das mais caras e, infelizmente, essa situação não vai melhorar enquanto estiverem estes senhores políticos (PS, PSD, PCP, BE, etc.) por ai…
Cada vez vamos viver pior à custa de estes idiotas…
Portugal é um país pequeno rodeado de mar, com sol e ventos e tem muita biomassa … tem tudo para liderar a Economia verde e a transição energética para a produção de eletricidade proveniente de fontes/pontos de Rede energia renovável (vento, água, biomassa, sol). O ministro do ambiente e ação climática, João Matos Fernandes, tem razões para o encerramento da central termoeléctrica do Pego. Hoje os Governantes de países têm ao seu dispor de tecnologias sofisticadas…para transformar água do mar …em água de regadio e água para agricultura, bombear a água das descargas de barragens e voltar para o ponto de nova descarga, torres de painéis solares por andares, etc. Haja vontade política, planeamento e organização e concretização… enquanto há vida, há esperança para a humanidade.
Desde o último discurso do Costa que não ouvia mentir tanto na televisão! Este ministro não percebe nada de energia como ainda por cima é aldrabão, como o Chefe. Portugal sempre importou energia tal como hoje ainda importa. A energia solar não é solução em Portugal como não é no resto do mundo por causa do problema da stockagem. A forma mais expedita e viável de stockar energia fotovoltaica é neste momento o “pumping-storage” mas para isso temos de ter mais barragens reversiveis e regularidade pluvial o que não é fácil. A produção de hidrogénio, dito verde, tem um rendimento bem menor que a acumulação por energia potencial gravitica. A solução mais rápida e radical é de facto a central de ciclo combinado mas continua a ser energia fóssil. Melhor ainda é a central nuclear mas a rapaziada catequisada não quer nem ouvir falar.
A humanidade evolui de uma ou de outra forma. O planeta terra está a manifestar-se contra os abusos da industrialização insustentável e contra a poluição de países e contra a desrespeito pela ecologia e clima. O aquecimento global do planeta terra é um facto relevante por causa da massificação da Economia Industrial descontrolada, sem fiscalização ambiental e de economias subdesenvolvidas baseadas no carvão.
Uma coisa é certa Portugal precisa de eletricidade na Rede Nacional Estratégica para as pessoas e para as empresas em território português. Por causa da competitividade desenfreada e irracional… o povo é quem paga. A dependência energética e o negócio de recursos energéticos é o Sant Graal da sobrevivência futura dos povos.