Especialistas da empresa de inteligência artificial Kneron testaram sistemas em três continentes e vários falharam.
O reconhecimento facial é, cada vez mais, um método de controlo e de segurança encarado como credível e, inclusivamente, usado pelas autoridades. No entanto, segundo alguns investigadores, para enganar o reconhecimento facial basta uma máscara impressa.
Apesar de ser considerado um dos mais eficazes métodos em matéria de segurança, a verdade é que esta tecnologia é falível. Um grupo de especialistas da empresa de inteligência artificial Kneron anunciaram, na quinta-feira, ter sido capazes de enganar alguns sistemas de reconhecimento facial. Para isso, bastou usar uma máscara, representando o rosto de uma outra pessoa.
Os investigadores testaram sistemas em três continentes e explicaram ter “furado” os sistemas de pagamento administrados pelas empresas chinesas Alipay e WeChat, além de um controlo num posto de fronteira na China.
Em Amesterdão, por exemplo, uma máscara impressa enganou o sistema de reconhecimento facial num controlo de passaportes no aeroporto de Schiphol, conta o Expresso.
“Os fornecedores de tecnologia devem ser responsabilizados se não protegerem os utilizadores com os mais altos padrões de segurança. Há tantas empresas envolvidas que isso destaca um problema de toda a indústria com tecnologia de reconhecimento facial abaixo do padrão”, disse o CEO da Kneron, Albert Liu, em comunicado.
Ainda assim, alguns softwares de reconhecimento facial passaram no teste. O Face ID da Apple e o sistema da Huawei provaram ser eficazes. Ambos recorrem a uma tecnologia mais sofisticada, com base numa imagem estruturada em luz. De acordo com a Kneron, o seu próprio software de reconhecimento facial também ficou aprovado.