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Martas enterradas em vala comum podem estar a contaminar água na Dinamarca

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As autoridades ambientais dinamarquesas estão a investigar a possível contaminação de águas subterrâneas e de áreas protegidas nos locais onde foram enterradas milhares de martas.

A Dinamarca mandou abater cerca de 17 milhões de espécimes, após a deteção de uma mutação da covid-19.

As autoridades enterraram algumas das martas em fossos numa área militar no oeste da Dinamarca sob dois metros de solo. Agora, planeiam desenterrá-las depois de alguns terem ressurgido da vala comum, provavelmente devido aos gases do processo de decomposição, explica a Reuters.

Um novo estudo sugere que as águas subterrâneas da área podem ficar contaminadas num curto período de tempo, pedindo às autoridades para agirem urgentemente.

“A água subterrânea logo abaixo das valas está em perigo iminente de ser contaminada”, garantiu o chefe do departamento da Agência de Proteção Ambiental, Per Schriver, à Reuters.

Embora não afete a água potável, a contaminação das águas subterrâneas pode passar para riachos ou lagos próximos, causando poluição. As autoridades estão a fazer análises adicionais para comprovar o impacto ambiental das suas ações.

No mês passado, o Governo dinamarquês desistiu de uma tentativa de aprovar uma legislação de emergência que lhe permitia abater todas as martas do país. Após uma grande pressão popular e política, a Dinamarca decidiu suspender a ordem de abate de todas as martas criadas naquele país, que serão entre 15 milhões e 17 milhões. Ainda assim, milhões de martas acabaram por ser abatidas.

Em agosto, os Países Baixos decretaram o fim da prática de criar martas para a indústria de peles naquele país, após o registo de vários focos de infeção pelo novo coronavírus em explorações dedicadas à criação destes pequenos mamíferos.

Em junho, e após suspeita de transmissão do novo coronavírus a pessoas, também as autoridades holandesas ordenaram o abate de vários milhares de martas. Em maio, as autoridades holandesas já tinham decidido proibir o transporte de peles de martas em todo o país, depois da divulgação do caso de dois trabalhadores de uma exploração localizada na zona do sul dos Países Baixos que teriam contraído o novo coronavírus através daqueles pequenos animais.

ZAP //

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