Marques Mendes afirma que Passos Coelho é um “catavento”, três anos depois do líder social-democrata ter usado o mesmo termo para criticar a indefinição de posições de Marcelo Rebelo de Sousa.
Este domingo, a propósito da discussão sobre a redução da Taxa Social Única (TSU), Luís Marques Mendes disse que “aos olhos das pessoas parece que o PSD de Passos Coelho é um catavento“, por defender uma coisa e o seu contrário com oito meses de diferença.
No seu habitual comentário na SIC, o ex-líder do PSD recordou que o partido foi um “grande defensor” da descida da TSU (paga pelas empresas) quando estava no governo, além de ter estado contra descidas na TSU já durante o governo socialista. “Há aqui uma incoerência de todo o tamanho. Era uma situação igual a esta. Como é que o PSD explica que mudou de opinião no espaço de oito meses?”.
Marques Mendes alertou que este é “o maior erro de Passos Coelho desde que está na oposição”, considerando que a decisão do PSD de votar contra a descida da TSU é “incompreensível” e “um monumental tiro no pé”, assumindo que “Passos devia dar uma explicação” por “matar este acordo” que o Governo teve o mérito de conseguir.
A expressão de Marques Mendes é curiosa porque, há três anos, era Passos Coelho quem chamava a outra pessoa de catavento: no caso, Marcelo Rebelo de Sousa é que era um catavento que Passos não queria em Belém.
Na sua moção de estratégia global intitulada “Portugal acima de tudo!”, Passos Coelho defendia que “o Presidente deve comportar-se mais como um árbitro ou moderador” e evitar “tornar-se numa espécie de protagonista catalisador de qualquer conjunto de contrapoderes ou num catavento de opiniões erráticas em função da mera mediatização gerada em torno do fenómeno político”.
O chefe de Estado “não deve buscar a popularidade fácil” e, sendo supra partidário, “também não pode colocar-se contra os partidos ou os governos como se fosse apenas mais um protagonista político na disputa política geral”, escreve.
Recorde-se que Marques Mendes, enquanto esteve à frente do partido, convidou Passos Coelho para seu vice-presidente, o que agora não o impede de o criticar duramente. O ex-líder do PSD – que hoje é conselheiro de Estado do Presidente Marcelo – considerou que Passos Coelho “criou a imagem de um político responsável e com sentido de Estado e está a perdê-la”.
De acordo com o dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a definição de “catavento” é uma “lâmina ou figura enfiada numa haste, geralmente colocada no alto dos edifícios, que indica a direção do vento”. Ou, em sentido figurado, uma “pessoa volúvel“.
O que me admira é haver quem ainda continue a acreditar nesta gente. Tudo uma cambada de aldraboes. Politicos e esta tudo dito.
Marques Mendes é um totó. Ele que foi corrido do PSD quando era presidente deveria estar calado.Está a seguir as pegadas do Marcelo como comentador pensa que assim vai lá chegar.Homem pequenino ou velhaco ou dançarino e como não sabe dançar
Cata- vento é o MM. Força Passos Coelho!!
O catavento a falar do catavento… sendo que nenhum chega ao nível do “pai dos cataventos”: o actual PR. Tinham de nascer várias vezes para se aproximar do “grande” Marcelo!
E está correcto.