Marques Mendes prevê “aumento extraordinário para pensionistas e reformados”

8

António Cotrim / Lusa

Luís Marques Mendes

Luís Marques Mendes previu, no seu comentário de domingo na SIC, “um aumento extraordinário para pensionistas e reformados” por parte do Governo, afirmando que o Executivo começou “muito mal e vai agora tentar recuperar”.

Na sua opinião, o Executivo, que está “assustado”, não quer deixar para 2023 a atualização das pensões. O comentador acredita que, em setembro, o Governo antecipará essa medida e mais outra, de forma a responder à crise.

“É claro que a explicação [da apresentação de medidas robustas] é por razões sociais, e eu acho muito bem. Mas também tem que ver com razões políticas, para contrariar um pouco alguma contestação que já existe”, referiu, fazendo alusão ao aumento dos preços devido à inflação.

Embora não tenha dado a medida como certa, lembrou que “os pensionistas são uma fatia poderosa do eleitorado”.

O comentador indicou outras “boas notícias”: o acordo do Governo com Misericórdias e IPSS sobre os apoios para fazer face à inflação; a atualização dos apoios a estas instituições (para lá do extra); e a gratuitidade das creches.

No seu comentário habitual, referiu que “a temperatura política vai começar a subir: por um lado pelo Governo e, por outro, pelo PSD”, já que, com a entrada de Luís Montenegro, se notou uma “diferença enorme” no partido. Montenegro “quer cultivar uma imagem de oposição, sublinhando diferenças e não convergências”, frisou.

Quanto ao debate do Estado da Nação, que ocorreu na passada quarta-feira, o classificou como “globalmente pobre”. “O debate foi para a bolha política. Para o país foi completamente irrelevante; não disse nada a ninguém”, declarou, acrescentando: “os problemas que neste momento afligem a esmagadora maioria dos portugueses não foram verdadeiramente tratados. Foram aflorados”.

Marque Mendes aproveitou o momento para elogiar a intervenção do Ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, durante o encontro, reconhecendo ainda: “o debate (…) correu bem ao Governo. Por força das regras (…) e pela habilidade do primeiro-ministro. Goste-se ou não de António Costa, ele é o seguro de vida do Governo. Quando ele sair, o PS vai-se ver aflito para ganhar eleições”.

Para o comentador, ficaram por aprofundar o custo de vida, a saúde, a guerra, o gás, os salários e as pensões, apontou, sublinhando que “quem estava à espera de uma resposta a isto não obteve nada”.

“O Governo tem estado muito parado”, mas com a reunião do Conselho de Ministros, que ultrapassou as cinco horas, “acho que vai passar a haver mais ação e iniciativa”, concluiu o comentador.

Taísa Pagno , ZAP //

8 Comments

  1. Aumentarão praí 5% com uma inflação de 8 ou 10% e ainda vão aplaudir o Costa como benevolente e caridoso!
    Idiotas é o que somos como povo…

  2. E é bom que esteja mesmo preocupado porque os pensionistas estão cansados de perder poder de compra. As nossas greves serão nos mercados, serviços de saúde, lares e finalmente nas eleições, se continuarem a empobrecer quem tem reformas médias-baixas. É indigno o que estão a fazer com quem passou uma vida a trabalhar e já não pode trabalhar!

      • e por isso tenho de ser escravo enquanto vocês recebem cada vez mais? Eu não digo que haja aumentos para os pensionistas mas e quem trabalha não tem de receber aumentos equivalentes? eu trabalho há 20 anos e há 20 anos que desconto, a maioria dos pensionistas ou nunca descontou ou descontou meia dúzia de anos para depois ter direito a reforma! E só um aparte, do trabalho do Sr. não recebo nada nem nunca vou receber, muito menos para respirar! o Sr. é que recebe do meu trabalho! não o contrario!

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.