O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, vai dar aulas na Universidade Nova, em Campolide, Lisboa, avança o jornal Público esta quinta-feira.
O antigo ministro das Finanças do Governo de António Costa vai lecionar a disciplina de Análise Económica na Nova Information Management School, integrada na licenciatura de Gestão de Informação, sem receber qualquer remuneração.
“A Nova IMS, da Universidade Nova de Lisboa, confirma o regresso do professor Mário Centeno à docência, enquanto professor catedrático convidado nesta instituição, para colaborar no lecionamento da unidade curricular de Análise Económica”, disse ao matutino fonte oficial da Universidade Nova.
“Recorde-se que a atividade de docente do professor Mário Centeno na Nova IMS é antiga, tendo sido apenas interrompida no decurso das funções assumidas no Ministério das Finanças, na atual e anterior legislatura”, acrescenta a instituição.
Mário Centeno assumiu a presidência do BdP a 20 de julho depois de ter sido ministro das Finanças entre 26 de novembro de 2015 e 15 de junho de 2020, cargo que acumulou com a presidência do Eurogrupo (entre 13 de janeiro e 2018 e 13 e julho de 2020).
A Lei Orgânica do BdP não proíbe que dê aulas enquanto assume o cargo de governador, uma vez que não é remunerado pelas suas funções.
O governador do BdP começa amanhã a lecionar na Universidade Nova.
Mário Centeno nasceu no Algarve em 1966 e licenciou-se em economia no ISEG, em Lisboa (onde chegou a professor catedrático). Depois de regressar de Harvard com um doutoramento, em 2000, ingressou no Banco de Portugal, no qual foi economista, diretor-adjunto do Departamento de Estudos Económicos e consultor da administração.
Entre novembro de 2015 e junho de 2020 foi ministro das Finanças dos dois Governos PS liderados por António Costa. Foi eleito presidente do Eurogrupo, o grupo de ministros das Finanças da zona euro, e levou as contas públicas portuguesas ao primeiro saldo positivo em democracia, mais concretamente desde o ano de 1973.
Faz bem, o BdP é uma pasmaceira, e o salário é uma miséria… Estavam à espera que o homem não fizesse mais nada na vida senão autografar moedas? É preciso pensar no futuro! E depois a reforma? Como dizia o outro ” Nem chegda para os gastdos”!
Devem ser aulas como fugir às responsabilidades quando as coisas entram em pânico, como foi a covi-19, isto quando o país precisava de um bom ministro de finanças. Porém temos também o caso de pôr o país em greve por não pagar aos funcionários (saúde, etc.) o que prometeu, para dar aos bancos. Parabéns à todos estes alunos, vão ter um bom futuro.