Marcelo Rebelo de Sousa pode relançar o debate sobre o Acordo Ortográfico de 1990, aproveitando a boleia da visita de quatro dias que fará esta semana a Moçambique, país que não ratificou o novo acordo.
Pedro Mexia, consultor cultural do Presidente da República, conta ao Expresso que têm chegado a Belém “pedidos de cidadãos e instituições manifestando-se contra o acordo” e “o PR entende que este só poderá ter continuidade se, de facto, for ratificado por todos os países envolvidos. Caso contrário, a questão tem de ser repensada”.
Ou seja, caso Moçambique e Angola não ratifiquem o Acordo Ortográfico de 1990, “impõem-se uma reflexão sobre a matéria, que é de competência governamental, mas o presidente não deixará de sublinhar a utilidade de reflexão”.
Uma das possibilidades para resolver este impasse seria levar o novo acordo a referendo, depois de ter entrado em vigor no nosso país em 2009.
Em 1991, Marcelo Rebelo de Sousa foi uma das 400 personalidades que assinou o manifesto contra o Arcodo Ortográfico, mas em 2008, recorda o semanário, manifestou-se a favor do mesmo, considerando que as alterações não eram substanciais.
Seis anos depois, na TVI, admitiu que, apesar de defender o Acordo Ortográfico, não o aplicava na prática. Durante a campanha para as presidenciais, Marcelo continuou a não escrever segundo as novas regras, mas nunca tomou uma posição pública sobre o tema. No início do ano, antes da sua tomada de posse, escreveu um artigo no Expresso no qual usou a antiga grafia.
No entanto, num ofício a que o Expresso teve acesso, lê-se que “sem prejuízo de possíveis desenvolvimentos futuros, o presidente da República, como todas as instituições do Estado português, segue as regras do Acordo Ortográfico no exercício das suas funções”.
Caso venha a verificar-se, uma revisão do acordo afetará a atividade editorial, com maior impacto no mercado dos manuais escolares.
ZAP
Quem, como eu, estudou latim, embora por pouco tempo no meu caso), não compreende o assassinato da língua-mãe, da qual muitas outras dependem, substituindo-a por uma coisa que não chega a ser, sequer, madrasta.
Quem, como eu, pratica leitura e escrita em línguas estrangeiras, como o francês, alemão e mesmo o inglês, detecta uma certa ligação entre a grafia anterior a este “não-cem-por cento-acordo” e essas mesmas línguas.
Quem, como eu, foi um razoável aluno a português e já tem cabelos brancos, e gosta de ir até à origem das coisas, vai continuar na prática sem acordo.
Abaixo o AO!
Quando as decisões/tomadas de posição não foram as correctas, não há (nem pode haver!) nenhuma razão para que não possam a vir a ser corrigidas!
Já bem chega não terem sido tomadas as disposições necessárias para evitar que se cometessem erros, …ainda temos que as eternizar porque não há coragem para voltar atrás e retomar o caminho certo??
Contra o AO, a favor da Língua Portuguesa!
Era hora!!!!
Eu também preferia escrever pharmacia e anedocta, mas, infelizmente, apesar dos meus cabelos brancos, já não me deram essa oportunidade… tenho pena…
Isso do “supostamente” corre(c)to, é muito interessante, sem dúvida. Não vi ninguém revoltar-se pela introdução dos vocábulos “bué”, “entroicados” e tantos outros nalguns dicionários de Língua Portuguesa. Nós não temos melhor Português do que os outros países. Se tentarmos unificar, harmonizar, só temos todos a ganhar com isso.
Nesse caso, voltemos também ao Escudo… era tão bom poder comprar livros com umas centenas de “paus”.
Eu penso que quem deveria definir e promover o próximo acordo ortográfico deveria ser o Jorge Jesus. E por aqui me fico.
acho que cada pais de expressão portuguesa deve falar como quer. pelo que li, angola não vai aceitar o acordo. nós ensinamos a lingua portuguesa a todo o mundo e agora vem um pais (brasil) dizer como devemos falar. as vezes ate me ferem os ouvidos quando oiço certas palavras que no meu tempo de escola se fosse escrever e falar daquela maneira, levava umas boas reguadas e para castigo escreveria umas 100 vezes a palavra mal dita. oiço o “matado ” em vez do “foi morto” e assim por adiante. acho que os outros paises colonizadores como nós (espanha, imglaterra, holanda, etc) nao fazem acordos e dizem como devem falar daqui por diante. cada um com a sua lingua, mesmo que usemos o chamados “termos estrangeirismos”. cada um por si.
Os Pais do País não é o mesmo que o País dos Pais. às vezes até, as vezes ate não é o mesmo.
Oh! amigo Zé das Iscas, você não sabe português sob a pesrpectiva de nenhum acordo: nem antigo, nem actual e, provávelmente, nem na perspectiva de um acordo futuro. O seu texto contém mais de uma dúzia de erros e faltas! Irra!!!
Finalmente o MRS fez (visita a cadeia) o que devia ter feito no dia da tomada de posse, em vez de ter ido à maldita mesquita central de lesboa capital do lesbogayal. Isto mesmo o escrevi, logo no dia, porque como Portugues nao admito islão como seita demoniaca ou culto satâncico nazi islamo-fascista. O maldito islao deveria ser banido pelas UN, como é banido o nazismo, pois trata-se doutra cara da mesma moeda de eliminaçao dos não-aderentes. Quanto ao acordo ortografico, trata-se da segunda medida decente deste MRS que para já é menos esperança do que a prometia ser. Porque a raiz etimologica de uma lingua é também um significado de cultura nação historia e Portugalidade inerente; destruir a raiz etimologica (como o novo acordo erradamente realiza) do Portugues, é também continuar a matar Portugal.
Zé das Iscas. Espero mesmo que não ande por aí a ensinar o Português, caso contrário está a fazer um mau trabalho pela nossa língua. “iMglaterra”??!!!!!! com M?!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Acentos nem vê-los, inicia sempre as frases com minúscula, ausência de concordância entre singular e plural,… Aqui para nós, deveria ter levado mais umas reguadas para ver se ia ao sítio.
Quanto ao “matado” pode ser correto. Se proferir “ele tinha matado a galinha”, está correto. Com os verbos haver e ter está perfeitamente correto.
Deixo-lhe aqui, e a todos os comentadores, a explicação:
matado ou morto?
As duas formas são corretas.
Matar é um verbo com dois particípios passados: um regular – matado – e outro irregular – morto.
O particípio regular é utilizado nos tempos compostos com os verbos auxiliares ter e haver:
Pensei que tinha matado o animal.
O particípio irregular é usado com os verbos auxiliares ser e estar:
O animal foi morto.
Aqui agora esta um caso: em 1991 o pr assinou contra em 2008 foi a favor então em que ficamos? peixe ou carne! Eu penso que o povo português não deve existir so para pagar impostos deve ter uma palavra dizer no ASSASSINATO NA LINGUA DE CAMOES não e a vontade de um ????? palerma ser imposta a milhoes de pessoas com a qual não concordam anular o novo acordo e em ultimo caso referendo ao povo MORTE AO ACORDO MAIS QUEM O INVENTOU ; fim de citação
Nunca concordei com o AO, mas está em vigor e para tal foram necessárias milhares de alterações: nas escolas, desde os manuais à formação dos formadores; nas empresas: documentos timbrados, manuais de instruções e até nas páginas da internet, etc, etc. E agora? Vamos “desfazer” tudo outra vez???? E quem paga mais esse prejuízo? Sim, somos nós!