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Marcelo quer erradicar sem-abrigo até 2023. Governo não se compromete

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O Presidente da República declarou esta segunda-feira apoio ao Governo na “tarefa comum” de acabar com as situações de sem-abrigo até 2023, uma meta que reiterou, no final de mais uma reunião que promoveu sobre esta matéria.

Em declarações aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa, com a ministra do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, ao seu lado, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que este foi “um ano de transição entre dois planos de ação”, para 2017-2018 e para 2019-2020, o que “tem sempre um custo no período de arranque”.

“O grande desafio é, no ano de 2020, tomar aquilo que existe de meios, de recursos disponíveis, mais outros, de outras instituições, e atingir metas que permitam avançar para a meta de 2023”, defendeu o chefe de Estado reiterando que até essa data Portugal deve resolver totalmente este problema.

O Presidente da República argumentou que “a meta de 2023 tem uma lógica”, porque “corresponde ao fim da legislatura que agora começa“, e afirmou: “Portanto, a ideia é tudo fazer para que quem quiser possa ter condições para sair da situação de sem-abrigo. É esse o compromisso social traduzido num empenhamento social ao longo dos próximos quatro anos”.

De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, depois de “um ano de transição”, o Plano de Ação 2019-2020 vai entrar “em velocidade cruzeiro no início do ano de 2020“. “E para 2020 surgiram aqui ideias, propósitos, modificações, aperfeiçoamentos, que eu penso que poderão ser muito importantes para se chegar a uma meta que é no fundo desejada por todos os portugueses”, considerou.

O chefe de Estado promoveu esta reunião para se fazer um ponto de situação do Plano de Ação 2019-2020 da Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em Situação de Sem-Abrigo 2017-2023, com representantes do Governo, da Câmara Municipal de Lisboa e de várias associações que atuam nas ruas da capital do país, cujo trabalho quis “agradecer e louvar”. “Hoje falámos do país, mas sobretudo de Lisboa. Haverá uma reunião idêntica no dia 5 de dezembro no Porto e outras noutros pontos do país”, adiantou.

Após reiterar que este problema deve ser resolvido até 2023, Marcelo Rebelo de Sousa apontou a habitação, a saúde e a reinserção social e profissional das pessoas sem-abrigo como três “áreas muito sensíveis e prioritárias” de atuação. “A quarta ideia que vos deixo é do apoio que o Presidente da República ao Governo, para além do apoio a todas as instituições também aqui presentes”, acrescentou.

“Especificamente, o apoio do Presidente da República ao Governo nesta tarefa comum, que não é a tarefa de um partido, não é tarefa de um grupo, não é tarefa de nenhuma personalidade, é uma tarefa coletiva. Difícil, mas não impossível. E todos os dias se tem de trabalhar para, sabendo que é difícil, converter em mais possível do que no dia anterior, no mês anterior, nos anos anteriores”, completou.

Marcelo Rebelo de Sousa frisou a mensagem de que esta “não é uma bandeira do Presidente da República, é a bandeira de Portugal, portanto, é a bandeira do Presidente, é do parlamento, é do Governo, é dos municípios, é da sociedade civil, é de todos”.

Participaram nesta reunião a ministra do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, a secretária de Estado da Ação Social, Rita Mendes, e representantes da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, da Câmara Municipal de Lisboa, da Associação para o Estudo e Integração Psicossocial, do Centro de Apoio ao Sem Abrigo, da Associação Crescer, da Associação Médicos do Mundo e da Comunidade Vida e Paz.

Governo não se compromete

Depois da reunião, em Belém, com entidades públicas, sociais e movimentos de voluntários para um ponto de situação sobre o Plano de Ação 2019-20, Ana Mendes Godinho foi questionada sobre se mantém a fasquia colocada por Marcelo.

“O nosso objetivo é comum, estamos todos a trabalhar com esta missão de encontrar as soluções para as pessoas sem abrigo. O compromisso de todos é encontrar as melhores formas de o fazer, através das melhores formas de diversificação de tipos de alojamento e de habitação e encontrar medidas que permitam responder a questões concretas”, respondeu, de acordo com o Observador.

Porém, em nenhum momento a ministra foi ao encontro da meta estabelecida pelo Presidente da República de erradicar completamente os sem-abrigo até 2023.

Em 2017, perante a mesma meta já colocada por Marcelo Rebelo de Sousa, o Governo tinha mostrado reservas. Na altura, a então secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, disse que não se podia falar da erradicação destes casos por ser uma “situação volátil”.

ZAP // Lusa

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3 Comments

  1. Estás preocupado com os sem abrigo? Com o estado da nossa Saude Publica e da Educação Não estás PREOCUPADO?? Haja paciência para este politicos de meia tijela. Não vou dizer que não seja importante, mas temos de começar pelos setores que são MUITO MAIS PREOCUPANTES. Fica bem na imagem falar sobre os sem abrigo e falar, pressionar sobre a Saude Publica e Educação dos Portugueses que trabalham não fica bem? Ficava-te MUITO Melhor. Tratem dos problemas gravíssimos e primeira linha.

  2. Começa a ser preocupante a caminhada deste país nas mãos dos socialistas e seus cúmplices mais há esquerda, saúde, educação e segurança estão pela hora da morte, para alguns já se prevê colapso total caso não se actue rapidamente, caso a situação se agrave daí virão consequências que uma vez mais alguém terá que resolver e possivelmente sob imposição externa como já vamos ficando habituados.

  3. Por mim acho que o Marcelo deveria procurar centrar-se num primeiro momento na erradicação dos galambas que andam na nossa política caso contrário já ninguém acredita em nada.

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