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Marcelo: “Temos de assegurar que a Páscoa não será o regresso ao que vivemos”

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António Cotrim / Lusa

Marcelo Rebelo de Sousa disse esta quinta-feira que um dos objetivos passa por “assegurar que a Páscoa não será causa de mais uns meses de regresso ao que vivemos nesta semana”.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou esta quinta-feira à noite ao país após ter sido aprovada a renovação do estado de emergência na Assembleia da República.

O chefe de Estado começou por dizer que estas foram “duas semanas difíceis”, mas que “terminaram melhor do que haviam começado”. Ainda assim, Marcelo salientou os números de infeções e mortos de Portugal, que são “dos piores da Europa e do mundo”, e a “pressão elevadíssima nas estruturas de saúde”.

Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda que os portugueses compreenderam que “provocar nesta altura crises políticas (…) não servia para outra coisa senão para agravar a pandemia, nunca para abreviar”.

“E agora? Agora é muito claro: temos de sair da primavera sem mais um verão ou outono ameaçados. Em vida, saúde, economia, sociedade. Temos de assegurar que a Páscoa não será causa de mais uns meses de regresso ao que vivemos nesta semana. Temos, até à Páscoa, de descer os infetados para menos de dois mil”, disse o Presidente recentemente reeleito.

Como tal, Marcelo defende que se deve “manter o estado de emergência e o confinamento como os atuais por mais 15 dias e apontar para prosseguir março fora no mesmo caminho, para não dar sinais errados para a Páscoa”.

O objetivo é descer a propagação do vírus para “números europeus” e “melhorar o rastreio de contaminados”, com mais testes, operacionais e “constante vacinação”.

“Sem essa peças-chave não haverá um desconfinamento bem sucedido”, atirou o chefe de Estado.

“Não se conte comigo para dar o mínimo eco a cenários de crises políticas e sociais. Já nos bastam a crise na saúde”, disse novamente Marcelo no fim da mensagem.

Daniel Costa, ZAP //

3 Comments

  1. Confirma-se: Só vamos ver desconfinamento depois da Páscoa.

    É bem provável que tenhamos condições antes da Pascoa. Se a pandemia evoluir no mesmo sentido da última semana, teremos números baixos o suficiente em meados de Março mas não vai adiantar de nada.

    O Governo não vai querer arriscar o que aconteceu depois do Natal, por isso, sente-me bem sentados, comprem uns livros, tirem o pó aos jogos de tabuleiro, subscrevam NETFLIX porque isto está para durar.

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