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“Um Portugal menos desigual”. Marcelo assinala Dia Internacional Contra a Discriminação Racial

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António Cotrim / Lusa

O Presidente da República assinala hoje o Dia Internacional Contra a Discriminação Racional enaltecendo “o lugar de Portugal como país de acolhimento aberto” e apelando a que se torne “menos desigual, mais diverso e inclusivo”.

Numa mensagem publicada no site oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa começa por “exaltar o lugar de Portugal como país de acolhimento aberto, universal e ecuménico” para assinalar esta data.

“Num tempo desafiante, marcado pela covid-19 e pelo acentuar das desigualdades na sociedade portuguesa, importa, mais do que nunca, não abrirmos mão do diálogo e de uma convivência pacífica e amigável, unidos na convicção de que aquilo que nos une supera aquilo que nos separa”, escreve.

Segundo o chefe de Estado, também “mais do que nunca”, há que ambicionar “um Portugal menos desigual, mais diverso e inclusivo, onde todos possamos aspirar a um futuro mais próspero”.

“Nas nossas vidas particulares, importa que a animosidade e o preconceito deem lugar à serenidade, à amizade, à boa vizinhança e à compreensão mútua”, afirma.

Marcelo Rebelo de Sousa faz um apelo à união “em torno deste desígnio”.

“As feridas que nos separam são também as feridas que nos unem. Que possamos sará-las sem medo e com esperança. Que possamos, neste dia, invocar o que nos aproxima e recordar a nossa condição comum”, acrescenta.

A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o dia 21 de março como Dia Internacional para Eliminação da Discriminação Racial evocando o massacre de Sharpeville, na África do Sul.

Em 21 de março de 1960, em Sharpeville, a polícia sul-africana abriu fogo e matou 69 pessoas numa manifestação pacífica contra legislação do regime do apartheid, de segregação racial.

Joacine Katar Moreira dá voz a 100 pessoas contra o racismo

A deputada Joacine Katar Moreira, que se define como “anti-racista”, assinalou hoje o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial dando a voz, nas redes sociais, a 100 pessoas sobre a sua “experiência e vontade de mudança à sociedade”.

A “forma mais eficaz de combate ao racismo e à discriminação racial”, afirmou Joacine em comunicado, é “a escuta”, ou serem ouvidos, e que “tem sido historicamente negada aos sujeitos racializados”, lê-se num comunicado divulgado pelo gabinete da deputada não inscrita (ex-Livre) sobre a iniciativa “100 vozes contra o racismo”.

São 100 pessoas de diversas áreas como os rappers Valete e Deezy, profissionais de saúde como Luciana Gomes e Márcia Cristina, trabalhadores de call center como Bárbara Góis e Fábio Varela, escritores e músicos como Kalaf Epalanga e José Rui Rosário, universitárias como Isaiete Jabula e Inácia Sá, jornalistas como José Rui Rosário e Neusa Sousa, o realizador Welket Bungué, o motorista Nelson Semedo e a dançarina Agnês Rodrigues.

“Na luta contra o racismo, temo-nos deparado com a resistência em afirmar a visão e o sentimento das suas vítimas e pela tentativa de monopolização da narrativa e do conhecimento sobre o mesmo, por pessoas que não o sentem na pele, mas que usando o seu lugar de privilégio, tentam controlar a narrativa, enviesando-a”, escreve a deputada de origem guineense, alvo de ataques, por exemplo, de André Ventura, líder do partido Chega, ao sugerir que “seja devolvida ao seu país de origem”.

“A discriminação é a única arma dos medíocres para se destacarem”, escreveu Agnês Rodrigues no seu depoimento da iniciativa “Cem vozes contra o racismo” na conta de Joacine no Facebook, onde a jornalista Djamila Vieira afirmou: “Que os nossos filhos no futuro não sintam o peso da desigualdade racial.”

Em Portugal, o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial é assinalado em Lisboa com uma manifestação no Largo de São Domingos.

// Lusa

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5 Comments

  1. Alguém explique a senhor, que é o presidente dos portugueses, não dos “nascidos” no SEF.
    Portugueses primeiro. Sempre!

  2. Acho que nunca tivemos um presidente que entendesse o povo no seu todo. Ele veem as localidades quando querem os votos mas entendelos, ta queito tuga. Os politicos tevem ser escolhidos pelas pessoas que deveriam propor os cantidados e nao os partidos que so querem impor interesses e jogadas que ao povo nao interessa. E se querem revolsionar a politica entao podem comecar anotar estas minhas palavras… Politicos devem ser escolhidos pelo povo pois o povo representa….ponto…..

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