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Marcelo alinhado com Pedro Nuno Santos: Deixar falir a TAP não é cenário

Mário Cruz / Lusa

O Presidente da República deseja que se encontre “a melhor solução possível” para que o país continue a ter “uma TAP portuguesa, que prossiga o interesse de Portugal”, recusando pronunciar-se sobre uma gestão pública ou privada.

“Para mim o que interessa é o seguinte: que, neste momento, se encontre a melhor solução possível – as companhias de aviação estão todas numa situação dramática -, a melhor solução possível para continuarmos a ter uma TAP portuguesa”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, questionado pelos jornalistas sobre a hipótese de nacionalização da empresa no final de uma cerimónia de comemorações dos 150 anos do nascimento de Alfredo da Silva, criador do grupo CUF, em Lisboa.

Questionado se deixar falir a TAP não é uma hipótese, respondeu: “Decorre da minha posição que certamente não é uma hipótese que permita a Portugal ter uma empresa que salvaguarde os interesses portugueses, não é”.

O chefe de Estado explicou que tal significa, na sua opinião, uma companhia que “prossiga o interesse de Portugal” em três aspetos: assegurar as ligações entre o Continente e as Regiões Autónomas de Açores e Madeira, e de Portugal com as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo e com os países de língua oficial portuguesa.

“Depois a concretização… vamos esperar, não tem o Presidente da República de se pronunciar sobre um processo em curso com vários cenários”, disse.

As declarações do Presidente da República estão em linhas com as do ministro das Infraestruturas disse nesta terça-feira que a TAP é “demasiado importante” para o país para que se deixe “cair”, depois de questionado sobre uma eventual falta de acordo entre acionistas e a opção pela nacionalização da companhia.

A TAP é demasiado importante para o país para a deixarmos cair”, disse o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, depois de questionado pelo deputado do PSD Cristóvão Norte sobre uma notícia desta terça-feira do Expresso, que avança que a TAP vai ser nacionalizada por falta de acordo entre Estado e os acionistas privados.

“Quando nós estamos a falar sobre a TAP nós temos de perceber que não podemos ficar limitados ao resultado da TAP enquanto empresa, porque estamos a falar daquela que é uma das maiores transportadoras nacionais. […] Quase 90% dos nossos turistas chegam por via aérea, metade chegam pela TAP. […] É um instrumento de desenvolvimento nacional, de promoção de emprego”, acrescentou.

ZAP // Lusa

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