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Mao Tse Tung, outra vez arroz. Quando o PSD também recebeu denúncias por um cartaz

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“45 anos a comer arroz”, afirmava o cartaz do PSD, acusado de xenofobia em 2021. “Mao Mao Maria” foi uma expressão que não caiu bem a alguns.

No que parece ser uma manifestação do conhecido fenómeno de “whataboutism“,  circula na Internet um cartaz do PSD de 2021, altura de eleições autárquicas, que o Polígrafo descobriu ser verdadeiro.

Só que este cartaz não é só uma vulgar propaganda política: motivou, na verdade, queixas formais contra o partido.

Numa altura em que o primeiro-ministro Luís Montenegro impôs uma providência cautelar contra o cartaz do Chega que o coloca ao lado de José Sócrates, o outdoor de 2021, afixado no Seixal, exemplifica que o próprio PSD também já teve problemas com um cartaz por um estilo de humor mal recebido.

A campanha continha ainda cartazes com referências a outros líderes comunistas, como Nicolás Maduro ou Estaline.

“Depois de 45 anos a comer arroz”, lê-se neste cartaz, “vais votar nos mesmos de sempre?”. A frase é acompanhada de uma fotografia do líder comunista chinês Mao Tse Tung e da expressão “Mao Mao Maria”. Refere-se à coligação comunista CDU, que governava o Seixal há décadas, desde 1976.

A Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR) recebeu na altura duas denúncias que acusavam o partido de xenofobia, e a lista do PSD Seixal, encabeçada por Bruno Vasconcelos, teve 10 dias para se explicar.

na altura, como noticiava o Observador, Bruno Vasconcelos comunicou apenas que estava de “consciência tranquila”, que se explicaria à CICDR e que “estas denúncias foram certamente feitas por pessoas que lidam muito mal com o contraditório e com oposição”. Esclareceu também que o jogo de palavras com “arroz” tinha que ver com a expressão portuguesa “outra vez arroz”.

“A associação que há entre imagem e texto é, claramente, com a frase ‘Mao, Mao, Maria.’ qualquer outra associação, especialmente uma xenófoba, é da responsabilidade de quem assim o quer interpretar”, acrescentou ainda Bruno Vasconcelos na altura, afirmando que o objetivo sempre foi “lembrar o eleitorado seixalense de algumas das referências do PCP, bem como das consequências de deixar levar a ideologia comunista avante”.

ZAP //

9 Comments

  1. Não é minimamente comparável.
    O cartaz do Chega mostra fotos de personalidades políticas portuguesas e vivas, lançando sobre LM a acusação de “corrupção” — coisa da qual ele é judicialmente acusado.

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  2. Mao deixou um país com condições para ser aquilo que é hoje: somente a maior potência económica do mundo. O PSD em 45 anos de poder, deixou o que está á vista (corrupção, pobreza, compadrio, as principais empresas na mão dos chineses, etc, etc..)

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    • A China já podia ser a maior potência mundial há bastante tempo se Mao não tivesse feito porcaria com o Grande Salto em Frente e a Revolução Cultural.

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    • Em 45 anos o PSD?
      Mais de metade desse tempo foram os Xucialistas que lé estiverem companheiro. Informe-se primeiro.
      Já agora convem informar-se de quem é que levou o país á banca rota por 3 vezes e quem é que dessas três vezes teve que impor austeridade por acordos assinados por outros.

  3. Totalmente de acordo!! O cartaz visto por uns associa o regime totalitário, repressivo Chinês ao PS, para outros o cartaz associa uma liderança demasiado longa na China com a do PS. Com o cartaz do Chega é mesma coisa uns vêm Montenegro invocado de corrupto tal como o Socrates outros vêm que tal como no tempo de Socrates, no tempo de Montenegro a corrupção prevalece, sendo este um flagelo dos últimos 50 anos.

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