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Cientistas treinam mão robótica para resolver cubo mágico

Uma mão robótica consegue resolver por si mesma um cubo mágico. A equipa de cientistas usou uma nova abordagem que permite à mão adaptar-se às várias adversidades do mundo real.

Uma equipa de engenheiros treinou um conjunto de redes neurais para resolver o cubo mágico com recurso a uma mão robótica. Usando milhares de simulações diferentes, os especialistas esperavam que a tecnologia conseguisse reproduzir o mesmo resultado num ambiente real — independentemente das adversidades.

Mesmo em situações que não foi confrontada nas simulações, as redes neurais conseguiram adaptar-se e conseguiram terminar na mesma o cubo de Rubik.

Este projeto da OpenAI constitui uma grande evolução na robótica, já que há cerca de um ano atrás, apenas conseguiram treinar uma mão robótica para mostrar uma face específica do cubo. Além disso, destacam que a novidade não é a tecnologia da mão, mas sim o software que lhes permitiu uma nova abordagem.

Mesmo para humanos, resolver o cubo mágico com uma mão é uma tarefa árdua, ao alcance de uma pequena parcela da população. Crianças também demoram vários anos até conseguirem a destreza necessária para fazê-lo.

Ainda assim, os engenheiros reconhecem que a mão robótica está longe da perfeição para já. A tecnologia apenas consegue resolver o cubo em 60% das vezes em que são necessárias 15 rotações para o terminar (e apenas 20% na dificuldade máxima, em que são precisas 26 rotações).

O maior desafio da equipa foi mesmo criar ambientes diversificados suficientes para que o robô capture a física do mundo real. Fatores como fricção, elasticidade e dinâmicas são incrivelmente difíceis de medir. Razão pela qual recorreram a um método conhecido como Automatic Domain Randomization (ADR), que vai automaticamente gerando ambientes cada vez mais adversos nas simulações.

Isto permite não só que os engenheiros não tenham de criar um modelo informático preciso destes parâmetros, como também permite transferir o conhecimento adquirido nas simulações diretamente para o mundo real.

Em termos práticas, testaram a mão robótica com perturbações como uma luva de borracha, dedos amarrados, um cobertor a tapar, uma caneta — e até mesmo com uma girafa de peluche.

ZAP //

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