O esquema de corrupção nas messes da Força Aérea era tão elaborado e tão enraizado que o juiz de instrução da Operação Zeus fala em “máfia militar”. O caso foi denunciado no seio da Força Aérea há 8 anos, mas nada aconteceu, e só depois de a PJ ter colocado um “infiltrado” no terreno é que o processo avançou.
O Público apurou que a Força Aérea tinha conhecimento do esquema de sobre-facturação, nas messes das várias Bases militares espalhadas pelo país, há, pelo menos, oito anos.
Esta “máfia militar”, como refere o juiz de instrução criminal do processo, segundo cita o Público, tinha implementado um esquema de sobre-facturação de alimentos, nas messes das Bases Aéreas, com os militares suspeitos a receberem pagamentos com dinheiro em baldes, camarões e champanhe.
O processo conhecido por Operação Zeus foi despoletado em 2014, por uma denúncia anónima, feita por um antigo fornecedor das messes, à Polícia Judiciária Militar, relata o Público.
Mas “durante o ano e meio que a denúncia esteve nas mãos da Judiciária Militar a investigação decorreu a passo de caracol“, atesta o diário, sublinhando que foi preciso a Polícia Judiciária civil intervir para o processo avançar.
A Judiciária recorreu então a um “agente encoberto”, um elemento da Base Aérea de Monte Real que foi abordado para participar no esquema de corrupção. Depois de ter denunciado a situação às autoridades, a PJ usou-o como “infiltrado” na rede para conseguir juntar o maior número de provas possível contra os suspeitos.
“Recebeu envelopes com dinheiro dos fornecedores – mais de 40 mil euros – que fotografou e gravou conversas comprometedoras“, atesta o Público, notando que essas provas são tão cabais e tão fundamentais para a acusação que alguns dos militares detidos não tiveram outro remédio senão confessar os crimes.
O Público apurou também que a Força Aérea teria conhecimento, pelo menos desde 2009, do suposto esquema de corrupção, depois de uma denúncia interna feita por um sargento colocado na Base de Beja. Mas a denúncia não deu em nada.
De acordo com o diário, o processo de investigação ficou a cargo do tenente-general José Maria Pessoa que tinha estado à frente do comando logístico e administrativo da Força Aérea, onde estava colocada a maioria dos arguidos da Operação Zeus.
A ser verdade, não saem nada bem na fotografia…
Como poderiam avançar seja com o que for se qualquer chefe do estado Maior da FAP, comandantes de base, etc, passaram por postos onde controlavam as cantinas? Ou fecharam os olhos ou comeram também!
Cantinas?
Então, comeram também.
Isso são hábitos tão enraizados tão enraizados que já datam do tempo em que a tropa foi formada, é só perguntar aos antigos militares que foram recrutados pelo menos a partir de 1960 em todos os ramos das forças militares. até nas rações de combate se notavam as diferenças há medida que os anos passavam
Por que é que pensam,que a guerra colonial durou tantos anos?
Porque seria que todos os graduados, do general ao sargento se voluntariavam para “comissões de serviço”?
Para defender a pátria e as colónias do “terrorismo”?
Quando os “Milicianos” começaram a ser tantos ou mais do que os “chicos lateiros” o 25 de abril foi a única solução para acabar com a mama mas uma vez que os milicianos já não fazem parte das forças armadas, a máfia dos “chicos” voltou (nunca saíu) e sem pezinhos de lã eles aí estão.
Se pensam que é só na força aérea desenganem-se passa por todos os ramos do exército, da marinha, pela GNR pela Polícia de Seg. Pública. por todo o estado e pior por alguma clique eleita pelo povo e reeleita alguns com 30 anos de reeleição, e “estatuto” de dinossáuro no tripúdio das contas públicas.
Já no meu tempo de tropa obrigatória, 1968, estes senhores dispensava-nos ao meio da tarde diariamente, para receberem os valores dos jantares e não só, para o saco azul. estas receitas dão muito jeito, a alguns militares, e nada mais digo, é melhor ficar por aqui.
Já no tempo de Salazar e Caetano alguns encheram-se bem à nossa conta que comíamos mal em África sem necessidade caso não roubassem e certamente foram muitos desses que participaram no 25 de Abril pois queriam tal como se vai comprovando actualmente ainda melhores benesses e roubar mais facilmente, tudo isto em nada dignifica as FA das quais deveríamos ter orgulho mas pelos vistos infelizmente isso já não é tanto assim.
O Capitão Valentim Loureiro foi expulso da tropa porquê ?
eu sei eu sei… BATATAS
Mais tarde passou a Major mas isso é outra estória
Eh eh eh… e não foi o único. Eu também sei 🙂
a força aérea ! e as outras ;- )
Em 1961, numa Base Aérea, o oficia responsável pelas messes foi transferido para uma unidade no Ultramar. Nas messes e no rancho-geral comia-se bem, e o saco azul ficou recheado Depois dele veio um outro “responsável” que minou o sistema, roubou descaradamente, esvaziou o saco azul, montou uma frota de automóveis de aluguer e abastecia do combustível da base, Já lá vão 54 anos …
Nada a acrescentar!
Se sabiam é porque alguem das chefias estava tambem a encherr os bolsos, mas hà duvida???
mais vale tarde do que nunca!!!!….o vicio vem de longe e só nao se pode provar mais corrupçao, porque nao se faria outra coisa neste pais. para alem de que se por acaso os processos fossem parar a secretaria de certos juizes……. acho ate que havia ” fogos de vista” no tribunal.