O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, instou hoje as autoridades venezuelanas a prender os comerciantes que cobrem altos valores ou remarquem os preços dos produtos que se comercializam no país.
“Peço a todos os organismos públicos, a partir de amanhã, todas as inspecções que se façam e se demonstre amplamente que houve remarcação de preços, depois [das recentes] inspecções ou que continuaram cobrando de maneira fraudulenta, que actuem com toda a severidade da lei e, por serem delitos em flagrante, se proceda imediatamente à detenção dos responsáveis, sejam quem forem”, declarou.
Nicolás Maduro falava durante uma reunião de trabalho com os seus ministros, transmitida em directo e de maneira obrigatória pelas rádios e televisões do país.
O presidente da Venezuela acusou a Federação de Câmaras de Comércio, o Conselho Nacional de Comércio e a Câmara Venezuelana Americana de Comércio e Indústria, de ter uma aliança com a coligação opositora Mesa de Unidade Democrática e factores internacionais para criar instabilidade económica no país e levar a cabo um “golpe suave” de Estado.
Por outro lado, assinou um decreto para regular os preços dos alugueres dos estabelecimentos comerciais na Venezuela, baixando os valores cobrados mensalmente para o máximo de 250 bolívares (28,50 euros) por metro quadrado. Na Venezuela estão proibidos também os arrendamentos em dólares ou noutra moeda estrangeira.
“Encontrámos sobrefacturação de 1000 e 2000% nos alugueres, nos centros comerciais, sem nenhuma explicação”, disse, sublinhando que os gastos em condomínio (serviços) a cobrar aos inquilinos não poderá exceder o equivalente a 25% do aluguer.
“A partir da publicação do decreto, os cânones de alugueres dos imóveis onde se desenvolvem actividades comerciais (…), em qualquer tipo de estabelecimento, não poderá exceder o valor mensal de 250 bolívares por metro quadrado”, anunciou.
Segundo fontes não oficiais, o decreto de redução dos alugueres abrange também os “estabelecimentos onde se desenvolvam actividades comerciais em edifícios de habitação ou escritório, edifícios com fins turísticos, armazéns ou escritórios, de uso educativo e médico-assistenciais”.
/Lusa
[…] já vimos isto? Na Venezuela, por exemplo, onde comerciantes são presos por não cumprir os preços máximos de venda ao público determinados pelo governo. Ou, por exemplo, como agora nos EUA, em que a nova […]
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