O ministro de Estado brasileiro, Márcio Macedo, disse esta sexta-feira, após um encontro com a Associação de Ucranianos em Portugal, que o Presidente Lula da Silva determinou que o seu assessor para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, visite a Ucrânia.
“O Presidente Lula determinou e me orientou que dissesse à Associação de Ucranianos em Portugal que o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, o ex-chanceler Celso Amorim, que esteve na Rússia, vai visitar a Ucrânia”, afirmou Márcio Macedo, em Lisboa, acrescentando que a visita não tem ainda data, até por questões de segurança.
Esta quinta-feira, Lula da Silva tinha rejeitado um convite para visitar a Ucrânia.
Segundo o ministro brasileiro, no encontro os ucranianos disseram que já não vão participar nos protestos do dia 25 de abril, previstos em frente à Assembleia da República, contra o Presidente brasileiro, que chegou a Lisboa para uma visita oficial de cinco dias.
O ministro recebeu, por determinação do Presidente brasileiro, a Associação de Ucranianos em Portugal na embaixada brasileira em Lisboa, de quem recebeu uma carta. A missiva solicitava “a intervenção de Lula da Silva nesse conflito da Rússia contra a Ucrânia e convidava o Presidente Lula para ir à Ucrânia”, explicou.
Da parte do ministro de Estado foi explicada a posição do Governo brasileiro e do Presidente face ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
“A vocação do Presidente Lula é pela paz. Então eu disse que recebi eles com muita honra”, afirmou Márcio Macedo, adiantando que “o Presidente vai trabalhar para unir outros países para se buscar uma alternativa para acabar com esse conflito, que não faz bem à humanidade e que já durou tempo demais”.
A posição do Presidente brasileiro, frisou “é de juntar países que possam ajudar a encerrar o conflito”.
Há uma semana, o presidente brasileiro foi acusado pelos Estados Unidos de estar a difundir “propaganda chinesa e russa”, depois de Lula da Silva ter acusado Washington e a União Europeia de prolongar o conflito na Ucrânia e de o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Mauro Vieira, ter afirmado ser contra as sanções impostas à Rússia.
“A Europa e os EUA continuam a contribuir para a continuação da guerra. Portanto, têm de se sentar à volta da mesa e dizer: ‘basta’”, afirmou Lula da Silva. Na China, o Presidente brasileiro tinha acusado Washington de “encorajar a guerra” na Ucrânia.
O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, criticou Lula, dizendo que é “profundamente problemática” a forma como o Brasil está a lidar com a guerra na Ucrânia. “Sugeriu que os EUA e a Europa de alguma forma não estão interessados na paz ou que partilham a responsabilidade na guerra”.
O responsável da Casa Branca lembrou que o Brasil “votou para defender os princípios de soberania e integridade territorial” na Nações Unidas, lamentando que as declarações do Presidente brasileiro sejam contra aqueles valores.
Já esta terça-feira, Lula condenou invasão da Ucrânia, considerando que a Rússia deveria devolver o território ucraniano, mas sugeriu que a Ucrânia poderia sacrificar a Crimeia, ocupada por forças russas desde 2014 — uma sugestão rejeitada pelo Presidente ucraniano.
O ministro de Estado brasileiro considera que houve “uma interpretação que não condiz com a posição do Presidente Lula”.
Quanto à posição da União Europeia e de Portugal, o ministro de Lula da Silva afirma que o Brasil respeita “a posição do continente europeu e dos países que estão de alguma forma envolvidos no conflito, mas a posição do Brasil é de neutralidade“.
“É que se o Brasil tomar partido por um lado ou por o outro perde a autoridade política de juntar pares e países para encontrar um caminho para a paz. Esse é o sentimento do Presidente Lula e essa é a tradição do Brasil”, assegurou.
O governante lembrou que o Brasil defende a “resolução da ONU que condena a invasão de um país ao outro, a soberania dos países e a autodeterminação dos povos”.
O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou esta sexta-feria a Lisboa para uma visita oficial a Portugal, com uma agenda intensa, que inclui uma cimeira luso-brasileira.
Lula da Silva estará em Portugal até 25 de abril, dia em que se desloca para Madrid, com vários ministros, entre os quais da Cultura, Transportes, Saúde, Defesa, Ciência e Tecnologia, Igualdade Racial e Direitos Humanos e da Cidadania.
// Lusa
Guerra na Ucrânia
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Esse homem é um perfeito estúpido, mas aqui no Brasil não podemos mais falar mal já que estão a regulamentar a internet e somos sujeitos até a prisão caso falemos mal desse “desgoverno”
Isso ai vai virar o paraizo comunista!
O comunismo anda ou andou muito pela América do Sul: Venezuela, Chile, Argentina, Brasil. Do que tem resultado é só paraíso e bem estar supremo dos seus povos.
Aqui deveria ser corrido. Ladrão, o seu lugar é na prisão.
Mas isso assim não é democracia. É ditadura.
Este Lula serralheiro hipócrita agora quer dar o dito por não dito. Isto é o chamado trafulha da política.